A Xuxa é daquelas figuras que é acompanhada não com a chamada "lente de aumento da mídia". A ela é destinado um Telescópio Hubble mesmo...Para o bem o para o mal, tudo que ela faz ou deixa fazer ganha uma dimensão desproporcional ao seu talento. Ou melhor, quase tudo.
Parte da vida pessoal dela é bem preservada ( e assim que tem que ser mesmo!). Talvez em função da simpatia da (outra) pessoa envolvida... mas do tamanho da representatividade que ela tem. Ela é um ícone. Olhe aí na tela do seu computador e veja que existem vários aí também. Até
um certo "Recycle Bin". Enfim...
Uma professora primária chamada Virgínia Borges processou a Rede Globo, a apresentadora e seu ex-anjo da guarda, Marlene Mattos, por plágio, acusando-nas de utilizar, sem autorização, brincadeiras por ela criadas no programa Xuxa Park. Nas duas instâncias da justiça carioca a professora já havia conseguido êxito e, em sede de Recurso Especial, julgado no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, foi mantida a condenação em 500 salários mínimos a título de reparação de danos morais e materiais.
A defesa de Xuxa pleiteava a exclusão da apresentadora, argumentando que ela apenas apresentava o programa e já recebia os roteiros prontos, não tendo ingerência sobre o conteúdo dos programas. Um programa chamado Xuxa Park não tinha ingerência da Xuxa. Sim, claro...Talvez nos tempos dos célebres e descontrolados "Ajuda eu!" (tempos da Manchete...Tem no You Tube, vale a pena dar uma olhada) isso fosse realmente verdade. Nos tempos de Xuxa Park ela já era a Xuxa e certamente não faria nada com que não concordasse.
Não que ela tivesse obrigação de saber a regularidade jurídica de tudo que a cercasse. ELA não. O staff dela sim. Exatamente em função disso é pertinente a condenação. Isso sem falar na percepção dos proventos econômicos auferidos em função da eventual audiência e venda de cotas
de patrocínio...
Alegar que o apresentador não tem participação no que é apresentado no programa lembra o episódio do Domingo Legal, ainda apresentado por Augusto Liberato, da "facção criminosa que atua nos presídios paulistas" (nome atucanado do PCC para a mídia, em atendimento ao pedido da Secretaria da Segurança Pública de não mencionar o nome "deles" na imprensa), não ?
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