Patrick Swayze: despedir-se de quem a gente nem conhece...

Olá caros leitores do Pimentas no Reino,

Tudo bem?

Tava aqui pensando no falecimento do ator Patrick Swayze, aos 57 anos, depois de uma luta braba contra o câncer que acabou por matá-lo, ontem.

Não sou fã do sujeito. Não sou fã do ator e nem do (excelente) dançarino que ele foi, tanto que essa habilidade lhe garantiu o papel em Dirty Dancing, onde o cara literalmente quebrou tudo. Me lembro de ter sentido muito pela morte do Michael Jackson, por se tratar de um cara que eu ouço e acompanho desde que eu me entendo por gente... mas não é o caso do Swayze. Aliás, tirando Dirty Dancing e Ghost, eu sequer sei de qualquer outra coisa que ele tenha feito, salvo algumas séries de TV, sei lá...

Entretanto, mesmo assim, sinto que devo dizer algumas palavras sobre o cara.

Sabe a história? Esse treco que nos conta o que nossos antepassados fizeram, e dá boas dicas sobre o que ainda está por vir? Então... a história está cheia de momentos memoráveis. Seja a história das ciências exatas ou humanas, seja a história do esporte, ou da política, das guerras... a história tem momentos marcantes, em que alguns de nós foram expoentes da raça humana, e escreveram seus nomes nela.

Na história do cinema houveram inúmeros grandes momentos, e nem todos primaram pela inovação, ou pela tecnologia, ou pelo conteúdo, enfim... mas houveram momentos inesquecíveis. E pra quem tava aqui pelos idos de 1990, não é difícil lembrar do arrombo que foi "Ghost", que no Brasil ganhou um dos subtítulos mais óbvios de todos os tempos (qualquer dia desses eu falo sobre títulos bizarros no cinema...)

O fato é que, naquele momento, a bilheteria e o populacho mundial aclamaram o filme, uma misturinha pra lá de simples, que apelava pra um monte de estereótipos, botava um fantasma baixando na Whoopi Goldberg (cuja cara sempre me faz pensar que ela está mesmo com algum fantasma embutido), e lá se foi Ghost, escrever seu nome na história dos grandes sucessos do cinema. E nos créditos, o nome dele, o senhor Swayze.

Daqui a alguns anos, ou vários anos, enfim... quando a molecada que tá chegando agora resolver assistir a filmes que marcaram época, vão assistir a Ghost, dizer que ele é um filme de roteiro simplório, sem nada de mais... mas vão se lembrar de que foi um dos grandes fenômenos de bilheteria e repercussão. Este é o ponto, amigo leitor: quantos de nós não gostariam de ter o nome vinculado a um grande momento da história? Quantos de nós não gostariam de fazer história? Em 1990, atuando em Ghost, Patrick Swayze, sem ser um ator excepcional, fez isso. Cá entre nós, uma realização notável para a história da sétima arte (quais são as outras seis?).

O cara tem o nome escrito na história do cinema. Tem o nome na história. Deve ser muito legal, isso.

Adeus, Swayze. Descanse em paz, e parabéns!

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