19 abril 2009

Dragon Ball: a desgraça chega as telonas do país


Olá!
Não, não estou estressado. O título pouco amigável deste post é uma breve (!) exposição do que eu acho deste desenho animado. Ou melhor, do que eu acho do propósito deste anime japonês, uma clara obra de Satanás.


Esta legítima prova de que as legiões do Capeta caminham sobre a Terra tem uma penca de personagens esquisitos, cujo único propósito é ficar batendo uns nos outros pra provar quem é o mais forte. De vez em quando, pra justificar a existência de tamanha idiotice, os produtores enfiavam um vilão intergalático que implicava com a Terra e adjacências, o que automaticamente conferia ao tal Goku (o palhaço da imagem acima do post - que eu evidentemente avacalhei) uma procuração pra ferrar quantos planetas e pessoas sejam necessários pra salvar nosso planetinha. Nessas horas, eu sinto saudade do Dr. Gori, que queria exterminar a raça humana da Terra porque ela atacava (e ainda ataca) impiedosamente o meio ambiente, e pra isso o Doutor utilizava monstros feitos de lixo reciclado, ou seja, politicamente corretos. Ah, para, vai dizer que você não se lembra do Spectreman?

Bom, de volta ao tema, sob os mais variados pretextos, tudo no Dragon Ball acaba em porrada, e alguém sempre termina arrotando que é o mais forte do universo, pelo menos até o próximo episódio, quando vai surgir alguém ainda mais forte, cujo traseiro será chutado pelo Goku, e assim repetitivamente. Pode piorar? Sim, pode.

Piora consideravelmente, quando em alguns episódios, os pais lutam contra os próprios filhos, a fim de fazer deles monstrinhos mais fortes. Não me venha dizer que praticantes (sérios) de jiu jitsu também fazem isso. Jiu Jitsu é esporte! Dragon Ball é um câncer no qual os pais espancam vigorosamente seus filhos, cobrando deles mostras de fúria, ira, violência. Em caso de dúvidas, verifique o episódio em que o tal Vegeta (provavelmente revoltado por um corte de cabelos deplorável) tira vários dentes da boca do próprio filho, usando socos e chutes, que comemora a porradaria achando que é aquilo que vai fazer dele um Super Saiyajin (Super-seja-lá-que-bosta-for-essa é o nome que eles dão aos lutadores quando eles ficam malucos e começam a bater em tudo que vem pela frente sem o menor critério, o que parece ser muito interessante pros monstros que compõem a fauna do DBZ). Tô caindo firmemente de pau no desenho? Pois é... não dá pra piorar. Dá?

Deu.

Dragon Ball vai pras telas do cinema. Agora, essa desgraça virou filme. Se você acha que não pode piorar, espera. Espera, que isso ainda vai longe, porque a essa altura a mídia do mundo inteiro esta hipnotizando a gurizada pra ir ao cinema, ver tudo isso.

Resumindo a ópera, meu caro leitor: quando seu filho, sobrinho, primo, ou seja lá que criança merecedora de seu afeto for, começar a exibir um comportamento esquisito, começar a brigar na escola, brincar de lutas violentas e achar que é melhor ser um troglodita musculoso do que aprender a ler um bom livro, lembre-se deste post. Pode ser que a criança em questão tenha sido submetida as mensagens subliminares e também as mensagens explícitas deste desenho, que até outro dia era exibido nas manhãs da Rede Globo, da Bandeirantes e do SBT simultaneamente, e contra o qual nosso digníssimo Ministério Público não parece ter poder algum. Mas você tem, leitor: começou a passar isso na TV? Tire as crianças da sala. E quanto ao cinema, livre as crianças desta maldição. Pimenta, nesse caso, tinha que ir bem no olho de quem exibe isso pra molecada deste país.

Um comentário:

  1. Eu sou suspeitíssimo para falar, pois gosto deste desenho. Acompanho esta história desde o início em outra emissora. Tem uma lógica interessante que uni a cultura japonesa(ou Chinesa, seilá) com ficção e bobagens... hehe

    Gosto da idéia de levantar a bandeira de "salvar o mundo". A arma mais poderosa deste desenho é a Genki-Dama, ela consiste em juntar energia(consensual) dos elementos da natureza e dos humanos, a força do planeta em si, em uma grande bola de energia, arremessando-a no inimigo que quer destruir a terra, causando-o um dano devastador.

    Sobre o filme, já assisti e não gostei do resultado.

    Sobre a questão de violência, demônios etc, também concordo com o Ponte que não é próprio para crianças, mas pensando nisto, nem o Pica-pau é!

    Gosto é que nem ... deixa prá lá!

    hehehe

    Um Kame-Hame-Ha no problema de todos e um abraço do Zé!

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