Danilo Gentili já entregou os óculos escuro do CQC para o Lula. O Pânico, já deu uma faixa presidencial para ele no dia da eleição de 2006, antes de se fecharem as urnas. Mas nenhum deles se atreveu a perguntar ao presidente se ele gostava de Pinga com Cambuci...
O personagem principal desse post fez isso. Tudo bem que o Lula ainda não era presidente, mas em 1989, ele também não era o "Lulinha Paz e Amor", era ainda aquele Lula “raivoso” que assustava a classe média a tal ponto de fazê-la votar no primeiro Collor que aparecesse...
A TV se alimenta de pessoas como ele. Anarquia e irreverência no sentido mais puro da palavra. Chacrinha foi um deles. Enquanto os animadores de auditório se vestiam de terno e gravata (até hoje é mais ou menos assim) Abelardo Barbosa usava sua fantasia de palhaço para jogar seus bacalhaus para a platéia.
Enquanto convinha aos jurados (figuras sempre presentes na TV, até hoje, em maior ou menor escala) destacarem-se apenas pela sua forma de avaliar os candidatos (dos mais rigorosos como Aracy de Almeida a José Messias aos mais “bonzinhos” de Marcia de Windsor – não é de seu tempo, ela foi mãe de um dos Bozos... - a Marly Marley), nosso personagem, na época exatamente um jurado de televisão, destoava fazendo algo que hoje pode ser comparado um pouco com o Marcelo Adnet e suas tiradas rápidas, o Kibe Loco com suas montagens fotográficas, a turma do stand-up com suas histórias, os CQCs e o Pânico com suas perguntas bem sacadas... Isso, há 20 anos atrás. Foi também o único homem adulto que apresentou por anos, sem valer-se de bonecos auxiliares, um programa infantil.
Se ele tivesse parado nessa época, teria virado um mito como aos poucos vemos que Mussum está se tornando (contra sua vontade, é claro). Não parou. Vinte anos na frente há 20 anos atrás, ele começou a escolher errado seus super-heróis (será que só eu lembro dessa música das Frenéticas?). Com talento para ser ele o copiado, preferiu imitar o João Kleber. Pegadinhas armadas, produção paupérrima, situações de mau gosto...Tosco, talvez fosse o adjetivo mais adequado. Ainda assim, esse programa dava audiências inimagináveis para quem o exibia (na época a CNT Gazeta). E, pra sermos justos, havia uma sátira impagável ao BBB e a Casa dos Artistas. Toda a sorte de “excluídos televisivos” (anões, gordos, feios...) disputavam uma cesta básica em um casebre com uma piscina de plástico como única forma de lazer...E, lembrando e analisando hoje, lá estava a Lívia Andrade...
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Os jovens que fazem stand-up certamente não vêem em Sergio Mallandro como um “pai”, como enxergam em José Vasconcellos o seu avô mas cabe a esse carioca torcedor do Fluminense o papel de “tiozão” dessa molecada...Não é exagero não...Um elenco que podemos considerar como um dos mais cool reunidos recentemente: Lázaro Ramos ,Wagner Moura, Taís Araujo e Jair de Oliveira, entre outros, reuniram-se para fazer um curta-metragem em sua homenagem. O "Ópera do Mallandro" acabou prestando um serviço de extrema relevância ao nosso personagem, que ganhou um novo impulso perante um público jovem que de repente redescobriu os anos 80...
Eu sempre odiei esse imbecil sem talento...
ResponderExcluirO imbecil sem talento tá na mídia a mais de vinte anos... e tem nome. Ou seja, tira o ódio do seu coração, anônimo.
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