08 julho 2009

CQC x Políticos




Meus caros leitores do Pimentas no Reino,

O CQC - Custe o Que Custar - é um programa de televisão que mescla jornalismo e humor. É semanal (às segundas-feiras, 22h10min na BAND). Estreiou no dia 17 de março de 2008.

O programa trata os fatos políticos, artísticos e esportivos da respectiva semana com pitadas satíricas e humorísticas, brincando com as informações. Um trio de apresentadores apresenta as notícias de modo diferenciado e os repórteres abordam pessoas públicas, como políticos, celebridades e jornalistas com perguntas pouco usuais a fim de promover as mais inesperadas reações, de certo modo fazendo jus ao nome do programa. É apresentado por Marcelo Tas, tem em sua bancada Marco Luque e Rafinha Bastos. As reportagens ficam a cargo de Rafael Cortez, Danilo Gentili, Felipe Andreoli, Oscar Filho além do próprio Rafinha Bastos.



O formato, importado pela Band da Eyeworks-Cuatro Cabezas e co-produzido no Brasil pelas duas empresas, faz sucesso há mais de dez anos no resto do mundo. As versões estrangeiras do programa (Argentina(original), Chile, Espanha e Itália) já receberam ao todo sete indicações ao International Emmy Awards.

Depois deste breve histórico, gostaria de enfatizar a relação do CQC com o congresso nacional.

Depois de alguns deputados não gostarem das perguntas feitas pelos repórteres do CQC (Danilo Gentili e Rafinha Bastos), o congresso proibiu a entrada do programa lá alegando que somente jornalistas credenciados na casa pudessem entrar lá. O programa lançou uma campanha para os repórteres do CQC voltarem a fazer reportagens no Congresso Nacional. Depois de algumas semanas e 260.021 assinaturas, o CQC teve o direito de entrar no Parlamento divulgado em 30 de junho de 2008.


O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), conhecido por ter dito que "se lixa" para a opinião pública, pediu no mês de maio ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para limitar o acesso dos integrantes do CQC na Casa Legislativa. Depois de ser abordado por um dos integrantes do programa nas dependências da Câmara, Moraes pediu em plenário que Temer "tome providências" em relação ao programa.

"Está na Casa um tal de "CQC", um grupo que faz jornalismo barato, com perguntas ofensivas e debochadas, tentando desmoralizar os deputados e a Casa. O bom jornalismo não se faz dessa maneira, mas com perguntas inteligentes e respeitosas. Senhor presidente [Temer], solicito a Vossa Excelência que tome providências, para que a Casa seja respeitada", disse Moraes.



José Sarney (PMDB-AP) presidente do Senado também havia solicitado ao primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), que retirasse as credenciais da equipe do humorístico.

A alegação era de que a Casa havia sido desrespeitada pelo programa e Sarney também se queixava de ter sido chamado de "dinossauro". O jornalista Marcelo Tas, um dos apresentadores do programa, disse que recebeu um telefonema de Fortes informando que Sarney havia repensado a decisão e que iria credenciar novamente o programa.

Antes, os integrantes do "CQC" tinham credenciais temporárias que são concedidas a cada ida ao Senado. Com a permanente, isto não será mais necessário.

Eu não quero falar de quem desrespeita quem nesta conversa, porque se fosse tocar neste assunto o primeiro que deveria ficar caladinho é o eterno político da situação José Sarney.



Em recente entrevista dada ao Blog Pimentas no Reino, Danilo Gentili disse algo que é genial para traduzir esta situação:

" (...) eles (os Políticos Brasileiros) se levam muito a sério e se levarem muito a sério é um sinal de auto-estima baixa. É um sinal que você se acha um bosta então se eu brincar que você é isso ou aquilo se vai se ofender você não vai saber retrucar como uma piada porque sua auto-estima é baixa(...)"

CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP!

É como eu digo meus caros:

Pimenta certa no lugar certo? É com CQC!

Já fui!

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