10 abril 2012

O Mercado da Orkutização.



Olá pimenteiros!


Estamos às voltas com vários grupos distintos nas redes sociais.  É difícil não perceber que determinadas marcas, após se autodeterminares para um público alvo mais "abastado" , acabam por criar muitos destes grupos, contradizendo os mestres da minha faculdade que afirmavam que o "marketing não cria necessidades". A atual discussão sobre o Instagram causou nas redes sociais o mesmo burburinho resultante da popularização do Orkut, Twitter e do Facebook. 
Um dos maiores erros das redes sociais é causarem, inicialmente, uma sensação de exclusividade nos seus usuários. Isto ocorre principalmente por que os tais formadores de opinião são aqueles com condições financeiras melhores, e por isso acabam por ser os primeiros a utilizar ferramentas que não foram feitas exclusivamente para eles. Muito menos para os que se julgam intelectualmente superiores, pois o fato de terem mais dinheiro não condiz absolutamente em nada com sua inteligência,  fato que podemos constatar nas próprias redes.
A falsa exclusividade gera um falso status. E quando este status está ameaçado o que acontece é o conflito de interesses.  Porém, aos desavisados, é importante que saibam, não adianta espernear. 
Não há rede social somente para quem saiba escrever, criar bom posts, críticos e argumentadores, se alguém o quiser, que a crie. O Orkut, desde os seus primórdios, estava fadado ao banal e insosso, com a vantagem de que nem todos poderiam ver o que acontecia numa Time Line. O Twitter foi "invadido" logo após a televisão ter sido envergonhada pela velocidade de informação da tal "ferramenta de microblog",  como numa espécie de vingança. Mas é fácil perceber que a maioria não se adaptou a ele, com o número impressionante de que apenas 20% dos perfis são realmente ativos. O que aconteceu? Zuckerberg salvou-o popularizando o Facebook. Nesta reviravolta, perderam-se bons perfis de Orkut, que corporativamente apresentava boas comunidades de dança, música, e principalmente aquelas de reclamação de consumidores, constantemente monitoradas pelas grandes marcas.  Quem insistiu no Twitter ainda se dá bem com a rede, onde é impossível falar muita bobagem em 140 caracteres, e na TL só aparece o que realmente você escolhe (sim continuo usando o passarinho azul).
O fato é que o idiota virtual sempre existiu, e existe um mercado só para eles. Replicar os quadradinhos de frases superficiais prontas já foi engraçado, mas o mercado não desiste deles. É exatamente assim quando uma banda que você conhece começa a atingir níveis comerciais insuportáveis, e o tipo de gente que você não gosta,  começa a gostar da mesma música. O seu trabalho, agora, será negar que pertence ao mesmo grupo que eles. Fica a seguinte questão: As redes sociais foram feitas para postar algo relevante ou não? Na dúvida, faça um blog e garanta seu conteúdo.  E conforme-se com o fato de que há muita gente ganhando dinheiro com o besteirol popular, independente da nossa indignação.

Continuo afirmando, o sistema existe e não está do nosso lado. 

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