06 janeiro 2012

Bruno Medina, assim você me mata! (por @BethNobrega)

Saudações, leitor amigo do Pimentas!
Ó só: a nossa amiga @BethNobrega tava com esse texto prontinho, e teve a audácia de dizer que não ia mais publicar. É claro que vai, e pra nossa felicidade, vai publicar é aqui, no Pimentas no Reino! Fique aí com esse post de autoria da Beth, e quando quiser publicar aqui, fale com a gente! Vai, Beth!



Toda vez que entro no meu perfil do Twitter, leio muita reclamação do sucesso da música “Ai, se eu te pego”, cantada por Michel Teló. Em 2011, tivemos exemplos em quase todos os ritmos, de devaneio musical. E daí? Quem não gosta, troca de rádio, muda o canal... Moro no Rio de Janeiro, lugar onde FUNK E PAGODE rolam soltos e pra vender, os compositores criam coisas que até dá vergonha. A única coisa que eu posso fazer é não consumir esse tipo de música.

Esse “privilégio” não é só do Brasil, não. Em 2010, a música do ano escolhida pela Times, foi Fuck you do Cee Lo Green, uma canção onde o personagem principal, manda duas pessoas irem se fud*r. O vídeo clipe é ótimo, assim como a maioria dos que o Cee Lo faz, mas tem isso de xingar e tal. O refrão é isso mesmo. (Quando eu resenhava lançamentos, ficava pra morrer com as letras). E uma revista de respeito deu esse título ao Cee Lo. Ou seja. Melhor nem explicar...

Cee Lo!


Por isso que eu digo, tanto tem merda aqui, como tem em todos os lugares do mundo. É besteira exigir que só façam sucesso letras com conteúdo. Tem consumidor pra tudo o que é vendido. A música que o Teló faz, canta, dança e blá blá blá é comercial, e música comercial foge da obrigação de “passar mensagem”. Ela está aí para vender. Nessa brincadeira, o cantor, os compositores, a gravadora, os empresários e gente do entretenimento (além do Neymar, né? Tá que nem arroz de festa) já faturaram milhões de dinheiros. (E vocês aí brigando feito torcedores de futebol.).

Esse tipo de letra é um tanto quanto descartável, daqui a pouco, surge outra e passa por cima dessa e por aí vai. Foi assim com a dança da garrafa, da vassoura, do Tchubirabiron, do rebolation, Fugidinha, Tesouro do Pirata (beijo, Vealvim, Beijo, Gui.. Beijo, Vivi) e outras pérolas. O Brasil cultua músicas escrotas desde o fim da ditadura e assim será até o final dos tempos. Não tem jeito. E não cabe argumentar que não pode fazer sucesso porque a letra é uma cantada tosca. Na verdade, é uma cantada tosca mesmo, mas que foi composta por uma mulher. Se nem a própria está se importando com o que vão achar, porque nós é que temos que brigar por causa de uma música? A mulher quer mais é saber como e onde guardar tanto dinheiro com a venda da letra. Assim, até eu.

Enquanto o festival de reclamações, zoações, trocadilhos e piadinhas se restringiam às redes sociais, estava engraçado. E poderia ter ficado assim, não fosse a carta aberta escrita pelo músico Bruno Medina, do (ex?) atual grupo Los Hermanos e amplamente reproduzida em vários sites, blogs e afins. A partir disso, a coisa ganhou ares de briga de escola, com direito a réplica da compositora da música e tudo mais. Não vou, aqui, me aprofundar no texto de Bruno, porque, além de ser descabido, eu não tenho tempo pra isso. Mas, se você quiser ler (nota do editor: de preferência depois de permanecer aqui com a gente um tanto mais, ok?), clica aqui .

Pra resumir, ele deu um show de recalque e usou um argumento falho para justificar seu “conselho” ao Teló e esqueceu que seu grupo fez sucesso com uma música tão sem conteúdo quanto “Ai se te pego”: “Ana Júlia” não é um bom exemplo para comparar, Bruno. Não estou defendendo o Teló e nem a sua música, já me passaram uma cantada usando essa letra, então, né... Meus amigos, colegas de trabalho, seguidores no Twitter, é tanta gente cantando, nem ligo mais... O mundo já está perdido mesmo. Será que o Bruno canta Ai se eu te pego, escondidinho, quando ninguém está olhando? 

Convenhamos, nessa história toda, é o sujo falando do mal lavado!

Vou ali, ensaiar uns passinhos pra balada de sábado. Beijo, gente.

3 comentários:

  1. Bem antes do fim da ditadura. Teve uma música na década de 70, que dizia: Aonde a vaca vai, o boi vai atrás.

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  2. Maria Terezinha,
    Essa que você lembrou aí é ruim com bastante força, hehe... ou seja, você tem razão: o apocalipse musical realmente já começou faz tempo.

    Bjo pra ti!

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  3. Maria,
    Você desenterrou mesmo!!!! Mas é bem por aí, viu. Temos exemplos, tantos nacionais, quanto internacionais, de verdadeiras porcarias... Num país que idolatra coisas do tipo "Minha vó tá maluca", em rede Nacional.. não espero mais nada. rs
    Obrigada pela visita! Beijos!

    André,
    Obrigada pela oportunidade. É sempre um prazer postar aqui.
    Beijos.

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