31 agosto 2011

Sai do Baú, SBT!


Opa, e aí, pimentas, como vão?

Todo mundo deve ter visto as comemorações de 30 anos do SBT. As comemorações foram bonitas, até. Vale destacar as homenagens feitas ao funcionário mais produtivo da casa, e que garante mais retorno financeiro. Sim, estou falando do Chaves, o que não tem contrato, não tem crachá, sequer pisou na emissora alguma vez na vida, mas é ainda o programa de maior sucesso da emissora, só perdendo em audiência para o chefão Silvio Santos. Além disso, fizeram umas relembranças legais, como o programa especial da Praça é Nossa e a série de programas SBT 30 Anos, com a filha do patrão Patrícia Abravanel que, quem diria, se revelou uma apresentadora de carisma.

Sim, tudo muito legal, muita festa, muita coisa boa pra lembrar. Mas, passado o aniversário, o SBT precisa colocar o pé no chão e parar de olhar um pouquinho no retrovisor. Quero dizer que precisam começar a olhar pra frente, para o futuro. Tudo o que o SBT fez e que foi sucesso no passado ficou no passado. O SBT já perdeu a vice-liderança e há poucos meses estava sendo ameaçado pela Band, que sonha em um dia brigar com a Record. O SBT hoje é uma emissora com cara de anos 90, inclusive nos diálogos de alguns programas - isso sem falar naquela novela que chega a dar vergonha alheia. Alguém lá dentro precisa começar a olhar um pouco mais a frente, para o futuro, pensar que o mundo não para e a TV não pode parar no tempo. Alguém lá precisa parar com essa hipocrisia de endeusar o chefão e pensar que Sílvio Santos não vai durar pra sempre; um dia vão chegar lá para trabalhar e não ter mais o patrão para dar a palavra final. E aí? Alguém consegue imaginar o SBT sem Sílvio Santos?

Pelo pouco de TV aberta que eu vejo eu percebo que o SBT tem material o suficiente pra conseguir crescer e voltar à vice-liderança, mas algumas coisas precisam mudar por lá. Lá tem muita gente boa, que poderia ser melhor aproveitada e fazer uma programação pelo menos um pouco melhor do que a Record descarrega (o trocadilho não foi intencional) aos domingos. Além disso precisam acabar com o amadorismo assustador que impera por lá às vezes. É questão de quebrar um pouco a cabeça e pesquisar o que andam fazendo pelo mundo, e adaptar à realidade brasileira.

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