17 maio 2011

Manual para viver melhor, e nem precisa usar o cérebro!

Oi povo adequado do Pimentas!
Alexandre Garcia resumiu meu sentimento em relação à inadequada norma inculta que vem sendo aprovada pelo MEC.
Mais do que isso, o programa Bom Dia Brasil falou em um só bloco o que venho enfadonhamente insistido aqui em casa, desde que meu filho nasceu.
Aqui em Teixeira de Freitas é normal ouvir “os cara foi”, “os cara é foda”, “vem mais eu”, “fui ni Belo Horizonte”, “espendurá a rôpa”, “cunzinhar caroço de feijão” e outros assassinatos à lingua brasileira.
E digo brasileira mesmo, “português” é o que se fala em portugal. Não vem ao caso.

O tal Manual, aprovado pelo MEC e distribuído nas escolas públicas do país, diz que isso tudo aí tá certo. Ou melhor, não tá certo mas pode falar, desde que você não se preocupe em sofrer “preconceito linguístico”. Isso pode, Arnaldo?
Amada gênia que escreveu “falar ‘os livro” pode”, a regra é clara. Plural é plural, singular é singular. Certo é certo, errado é errado. Ensinar errado tá errado, minha filha! Ou será que “2+2=5” vai passar a ser inadequado, mas aceito? Tem dó dos meus ouvidos. E do meu filho.
Queria dizer pra tal senhora que aceita “os livro” que eu sofro preconceito linguístico. Euzinha, tão atenta com o que falo e escrevo, sou tratada como neurótica quando peço pra babá do meu filho não falar tão errado perto dele. A resposta dela? “Ah dona Ana, eu sou uma pessoa rude, simples, meu jeito de falar é ansim”, ou seja, é mais fácil arranjar uma desculpa do que tentar falar certo.
Até porque, segundo a donha senhora do Manual, “as pessoa tão certa” né?
E a loira que matou o empresário, ela tá errada ou foi apenas inadequada? “Ô sua linda, trepar com homem casado é inadequado, matar também. Mas se você o fizer, nós arruma um laudo de inçanidade”.
Faz assim ó: dá um laudo de insanidade pra Dona Senhora, porque eu pago impostos pra que meu filho tenha ensino de qualidade na escola.
Se for pra aprender errado, deixa ele em casa que eu farei – mais uma vez – o papel que é pra ser do Governo e ele não cumpre.

Vou ali ler uma historia bem escrita pro meu filho, té mais.

5 comentários:

  1. Tá certo que nóis num é o Professor Pasquale, mas agente buscamos falar o mais melhor e correto possivel.

    Muitas vezes vejo as pessoas falando errado de uma forma mais complicada que se usassem o termo correto. Falar errado é mais complicado que falar certo, só que as vezes o correto soa extranho, mas depois acostuma. Já achei, digamos estranho, minha antiga professora de Português dizer que "o correto é se fazer entender", isso inclui a forma errada de falar?

    Os erros aqui cometidos foram culpa do teclado, esse analfabeto.

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  2. Ana! Same problem... Também peno na educaçao das cria pedindo que as pessoas não falem errado e nem em "nenês" com eles. Aí nós acostumamos a falar corretamente e parece que dói os ouvidos quando alguém comete um gramaticídeo. Outro dia me peguei sozinho mesmo, (declaração forever alone total) corrigindo a bruáca da Ana Maria Braga. Enfim, a gente acostuma a falar certo e o errado passa a incomodar que nem fumaça de cigarro.
    Era isso, um bacio neste cuóre!

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  3. Portugal está com letra minúscula. Ó só, eu sei que não sou grandes coisas no português por preguiça de decorar regra, mas é tão básico: escreveu, leu, ficou feio... tá errado!
    Não suporto abrir um msn e o indivíduo vir escrevendo: "naum", "nada pra faze", "naum sei aonde vai para". Olha, dá vontade de corrigir tudo e mais uma vez digo, meu português é fraco, tenho essa consciência e me envergonho disso, mas por isso eu estudo.

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  4. O problema são esses libertários que acham que os "naum" "eh" e outras palhaçadas são bonitinhos e praticamente obrigatórios na era digitais. Náuseas.

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  5. O papel da escola é ensinar a norma culta, uma lingua que seja um padrão social que possa servir para nos relacionarmos em casa, socialmente e no trabalho. Isto é fato.

    As gírias, abreviações, regionalismos e velha e boa ignorância mesmo devem ser respeitados e tolerados, MAS não institucionalizado como um padrão alternativo tão adequado quanto a norma culta.

    A mulher vendeu pra governo 500 mil livros falando "nós pode" e nós com a norma culta não Podemos vender como ela, contraditório e beira a tragicomédia.

    Enfim, tapem os ouvidos das crianças, querem matar o português e não é o da piada....

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