20 março 2011

Humanos sem humanidade!


E aí, pimentas, como vão?

Outro dia estava eu calmamente lendo meu livro no ônibus, um ônibus adaptado para transporte de pessoas em cadeira de roda. Como o ônibus precisa de espaço para a passagem da cadeira de rodas sobram poucos assentos para os passageiros sentarem. E ouvi um sujeito comentar: "esse povo fica pedindo pra carregar cadeira de rodas em ônibus e a gente que se f*da. Quem é deficiente tem que ficar em casa e não encher o saco da gente nos ônibus".

Sim, eu ouvi isso. E acreditem: ele recebeu apoio no ônibus. Tomei coragem e respondi: "queria ver o senhor dizer isso se estivesse sentado numa cadeira de rodas dessas".

Eu poderia dizer que isso é o cúmulo do egoísmo, mas vou mais além: uma pessoa que pensa assim não merece ser chamado de ser humano. Uma cidade só pode ser chamada de desenvolvida se todos podem se locomover nela. Como diz a Thais Frota, arquiteta especialista em acessibilidade, "se o lugar não está pronto pra receber TODAS as pessoas, o lugar é deficiente". E o que dizer de pessoas, ou como diria nossa Exma. PresidentA, "pessoas humanas", que criticam ações de acessibilidade? Nâo dá pra chamar essas pessoas de "animais", porque os animais cuidam muito bem de seus iguais. Poderia chamar de insensível, egoísta, mesquinho. Mas acho que FDP é um bom nome pra uma pessoa dessas, né?

É, parece que os tais seres "humanos" não andam tão humanos assim... Infelizmente!

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