Olá culturais leitores do Pimentas no Reino
No ano passado, a Grécia, berço da civilização virou notícia por que as bandeiras vermelhas se levantaram e tomaram as ruas contra a política econômica local. A Grécia, que já tinha passado por um processo de democratização sofreu, e sofre até hoje com as estripulias da especulação econômica. E podemos afirmar com toda certeza, que está muito melhor do que outro país de importância fundamental na história da humanidade, o Egito.
A nossa geração não viu nenhuma eleição presidencial naquele país. Há mais de cinquenta anos o país tem candidato único, o atual sr, Mohammed Mubarak está no poder desde 1981. Em 2005, no mês de setembro, após grande pressão da opinião pública, realizaram-se umas eleições mandrakes, das quais ele mesmo saiu eleito.
O que está em jogo, além da diplomacia e dos direitos básicos daqueles cidadãos, é que se quebre o paradigma das vistas grossas, como este em que Morales, Chaves, Fidel Castro e outros afirmam que governam sob regimes democráticos populares. As névoas da repressão pairam sobre esses locais, gerando um desconforto inexplicável quando sentimos que a imprensa, por exemplo, está noticiando algo vindo destas terras. Não há verdade sob o sol destes lugares, e a vida após tantos anos de uma imensa cara de pau democrática, deve ter se tornado insuportável.
Neste caso extremo do Egito, o povo na rua parece plenamente autêntico, muito diferente da esquerda vândala que opera nas nossas proximidades. É chegada a hora de parar diante desta esfinge e apostar no que vale realmente a pena: decifrar os dolorosos mistérios da Democracia, ou ser devorado pela tirania disfarçada de República.
Ouvindo Powerslave no @allanlpereira
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