13 janeiro 2011

O Direito de não ter direito



Olá justiceiros leitores do Pimentas!

Parece que o cargo de Procurador do Ministério Público do  Trabalho torna a pessoa praticamente um deus! Observem essas matérias no G1 e R7 sobre a Procuradora que cometeu um atropelamento em Ipanema. Reza a etiqueta que temos que dizer aqui que ela apresentava, naquele momento "indícios de embriaguês", mas foi liberada por ser uma funcionária pública, uma Procuradora do Ministério do Trabalho. 

Com minhas aptidões para a psicologia comportamental, vou fazer aqui uma análise simplória, ingênua de uma personagem social extremamente agradável: 

Pelo seu sorriso, é uma pessoa feliz. Estudou na juventude em colégios particulares, daqueles do tipo "pagou passou", como não adquiriu muitas noções de responsabilidade, não podia trabalhar em empregos normais na iniciativa privada, e sua beleza também não a ajudaria a entrar para o show business. Formou-se em alguma coisa e então enfrentou preparatórios estafantes para virar um funcionário público concursado. Mamata, café, paletó na cadeira e outros atrativos da profissão mais amada pelos brasileiros que nela estão foram os principais motivos para nossa amiga aventureira embrenhar-se pelas entranhas do Estado.

Hoje, portanto, é feliz e tem estabilidade de emprego, por isso, quando qualquer um de seus companheiros quer fazer a coisa certa, ela não se obriga, afinal, é poderosa e acha que nos corredores do funcionalismo público não há lugar para gente honesta. É imune à prisão, ao bafômetro, e com certeza será às minhas palavras, pois sua falta de noção não permite a interpretação justa dos fatos, fazendo-a acreditar que está com a razão. A ela pertence o conhecimento e o Direito, distorcidos a seu favor enquanto a empregada atropelada perde dias de trabalho. Irônico para alguém do Ministério do Trabalho, não?

Assim encerro minha simpática homenagem a esta pessoa maravilhosa, cuja trajetória fictícia inspira o mais puro dos heróis à corrupção. E você leitor,  o que diria a essa procuradora? Afinal, e eu sei que eles não gostam que falemos assim, mas quem paga o seu salário somos nós. 

Mais análises aqui @allanlpereira

3 comentários:

  1. taqui minha opinião: http://www.pimentasnoreino.com/2010/12/pelos-poderes-de-greyscow-mentira-o.html

    triste

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  2. Bah! Se fossemos inumerar os desmandos dos "defensores" das leias fariámos uma nova constituição.

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