22 dezembro 2010

Malhação: o circo dos horrores dos estereótipos

Olá leitores do Pimentas!

Malhação até no estereótipo dos outros é piada!

De férias em casa, assistindo televisão, fui dar uma olhada em Malhação. Acreditava eu que nada, absolutamente nada, depois do Fiuk, poderia piorar a trama e, meus amigos, estava enganada.A primeira cena que vi foi uma abordagem ridícula e estereotipada sobre o relacionamento de dois garotos da escola. Os dois gurizões escondidos atrás de suas respectivas famílias, sendo alvo de piadas da escola. Do nada, dois motoqueiros com jaquetas de couro e capacetes escuros atiram dois balões com tinta cor de rosa em um dos meninos. Então a mãe da vítima fica horrorizada, como se fosse a maior ofensa do mundo, enquanto todos os colegas e professores ao redor apontam e dão risada.


Não sei vocês, mas eu acredito que um programa que está há mais de dez anos na televisão, que já abordou diversos temas polêmicos com mais intensidade ou, porque não dizer, maturidade, teria qualidade para falar sobre a homossexualidade com muito mais argumento e menos estereótipo. A simples situação do "meus amigos estão rindo de mim porque sou diferente" não é suficiente para mostrar a gravidade desses preconceitos, nem mesmo as consequencias que a escolha pela homossexualidade traz.


Mesmo sendo um seriado e possuindo, assim, uma continuação da história, só esse capítulo que eu assisti já mostra uma total infantilidade sobre o assunto. É claro que uma trama como essa tem de ter assunto e reviravoltas o suficiente para se manter no ar por uma temporada inteira. Mas, cá entre nós, mesmo formado principalmente por adolescentes e crianças, o público desse tipo de programa não é tão infantil.


Vou permanecer trancada no @porquene até o final das minhas férias.

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