07 dezembro 2010

Educação? Fica pra depois...

Opa, e aí leitores escolarizados, como vão?

Desde 2003 circula pelos fantasmagóricos corredores da Assembleia Legislativa de São Paulo um Projeto de Lei que poderia resolver muita coisa na tão malfadada educação de São Paulo: o PL visa criar um Plano Estadual de Educação. Apresentado na época pelo deputado Carlos Gianazzi (PSol), o projeto previa, entre muitas outras coisas, o limite de alunos em sala de aula, para facilitar o aprendizado, e o aumento da verba estadual para a educação de 30% para 35%.

E quando esse projeto foi votado?
NUNCA.
É isso mesmo, o projeto 1066/2003 nunca chegou à mesa de votação da ALESP. Segundo o próprio deputado Gianazzi, faltou "vontade na base governista". A Secretaria de Educação diz apenas que o projeto vinha passando por "adequações", e será enviado à AL para votação. E São Paulo não é o único estado a empurrar a educação com a barriga. O Plano Estadual de Educação é uma determinação federal da LDBE - Leis de Diretrizes e Bases da Educação - de 2000, que ainda não é cumprida por 16 ESTADOS brasileiros, entre eles São Paulo.

Por que será que "faltou vontade"? Por que educação não dá voto, né? Aliás, no Brasil de hoje educação é algo até dispensável, não acham? Seria interessante diminuir o número de escolas no Brasil e com o dinheiro economizado ampliar os programas sociais, o que acham? Sem escolarização, mas com dinheirinho ganhado todo mês. Talvez atitudes como essas expliquem por que no Brasil a maciça maioria dos brasileiros não sabe interpretar o que lê. Deixa a educação pra depois, né?

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