15 dezembro 2010

Abortar ou não abortar, eis a questão...

Quando começa a vida?

A questão que não quer calar há milênios, parece que vai perdurar por outros milênios mais, sem consenso. Por isso, a questão do aborto vai longe. De um lado os carolas conservadores, de outros os liberais, dos dois lados, muitos hipócritas.

Em Junho a revista científica Ciência & Saúde Coletiva depois de entrevistar 2002 mulheres, chegou a uma espantosa constatação, uma em cada cinco mulheres brasileiras até 40 anos, já induziram aborto. Dados mais completos você encontra no site Dr. Leonardo, no artigo, Um retrato do aborto no Brasil.

O mais assustador dessas estatísticas é que esses abortos são feitos sem acompanhamento profissional, e não são computados ai àquelas que não saíram vivas da operação. Segundo o Governador Fluminense Sérgio Cabral, cerca de 300 mil mulheres buscam auxilio nos hospitais públicos para sanar alguma sequela de abortos clandestinos.
Em alguns casos, é necessário abortar, a lei Brasileira já permite, porém, depende de processos judiciais, tão lentos, que o Próprio feto vira adulto, se forma em Direito, e atuará na defesa do caso, ou acusação, vai saber. O problema também passa pela religião. Sim amigos, num estado laico e de direito, somos reféns dum pensamento da era do gelo, quando a humanidade estava prestes a ser extinta.

Ninguém pensa nos sentimentos humanos? O que acontece com uma mulher estuprada, por exemplo, o fruto dessa relação vai ser desprezado pelo resto da vida, trazendo sequelas psicológicas para sempre. Os conservadores se prendem a história de uma menina, Marcela de Jesus Ferreira, que viveu 1 ano e 8 meses sem massa encefalia. Mas não havia vida ali, era como se a mãe brincasse de boneca.

Certamente precisa de uma rígida legislação e fiscalização, para que não vire uma fabrica de abortos para pessoas irresponsáveis e inconsequentes. Não é qualquer namoradinha, que engravida por engano ou falta de contracepção. Aliás, a Igreja é contra aborto, contra a Concepção, só não se responsabiliza pelos indesejados.

Há! Tem muitos casos por ai que se as progenitoras tivessem abortado o mundo estaria salvo...

Sigo ali no @JB_Ziegler sendo um aborto da natureza!

4 comentários:

  1. Postei sobre o assunto recentemente, aqui: http://hugopt.blogspot.com/2010/11/eu-quero-sexoparte-iv-contracepcao-e.html

    Abraço e parabéns pelo excelente blog, leio sempre...

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  2. Eu "me prendo" à um caso de uma amiga, que teve toxoplasmose durante a gestação, optou por não abortar, contrariando os médicos (sim, mais de um) e hoje o super saudável filho tem 11 anos. O problema do aborto, alguém explique ao fanfarrão do Sérgio Cabral é a falta de cultura em um povo que não sabe fazer mais nada a não ser sexo e filhos. E a maior "fábrica de bandidos" como o próprio Cabral falou, fica justamente no estado em que ele governa. É a cultura da "boa vida", sempre optando pelo que é mais fácil. É a cara do Sérgio Cabral. Quanto à Igreja, por mais que "não se responsabilize" pelos rebentos, ainda faz muito mais pelas crianças do que o Estado. Livros não engravidam, televisão sim.

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  3. Ah! Eu seria a favor do aborto caso soubesse que do rebento nasceria um Sérgio Cabral da vida.

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  4. Eu sou contra o aborto nesses casos onde a culpa da gravidez é a irresponsabilidade dos envolvidos. Já vi muitas amigas de colegial, com quinze ou dezesseis anos abortarem com a justificativa de que são novas demais para um compromisso como esse, mas não seriam elas novas também para realizar o ato em si?

    Não há influencias religiosas na minha opinião, simplesmente penso que se uma pessoa se julga madura o suficiente para relações sexuais, ela deve estar madura o suficiente para arcar com a consequencia. Sei que envolve, a partir daí, uma questão de educação, dinheiro, saúde pública, enfim, mas não acho justa a decisão de abortar por um erro próprio.

    Enfim, eu sou, provavelmente, o fruto de um quase aborto, o que me fez pensar um milhão de vezes nesse tipo de assunto.

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