Tudo bem que a música tem uma letra fraquinha e até duvidosa, isto eu até concordo. Mas quais os componentes para tanto "sucesso"? Um ritmo dançante, mal gosto generalizado? O quê faz uma música cair no gosto da grande massa? Tenho as minhas hipóteses, mas gostaria de ler as suas.
Olá Synara, pois é, tudo é milimetricamente pensado. Quanto mais fácil assimilação e maior poder de fixação (consequentemente repetição), tem mais chance de fazer "sucesso".
Com tempo sobrando assisti o seu vídeo – Alvim “estou” lendo o pimentas sempre que posso... (virou mania) e axu Q é “circunstancial” pois “estou” trabalhando só nas segundas e terças e “estou” pagando apenas uma disciplina na faculdade para me formar novamente. Caso fosse possível gostaria de “estar” aposentado – ainda bem que professor se aposenta com 25 anos lecionando. Outro motivo de “estar” lendo o pimentas é porque resolvi trocar meu desktop por um notebook. Na minha primeira formatura eu dissertei sobre arte e principalmente música e só não tirei 10.0 porque um americano disse que nota 10.0 representava algo perfeito e nenhum mortal chegaria a tanto. Resultado: Fiquei com um 9.9 final em Filosofia/UFRN mas agora discutindo se Turismo é Ciência ganhei 10.0 com louvor na UERN. Bem!!! Tudo isso pra te falar sobre “meteoros da paixão” e Música. Meteoros... coisas que passam rápido D+ apesar da letra divulgar um mantra que devemos nos jogar nessa roubada. Assim, não é que você esteja errado e os outros estejam certos... Nietszche no seu livro “o nascimento da tragédia e o espírito da música” fala na dicotomia entre imagem e desejo; a objetividade, a pureza e a beleza se apresentam no distanciamento entre imagem e desejo, ou seja, MPB é música quando o desejo é quase impossível de se alcançar. Perceba isso na letra da música de Ana Carolina & Seu Jorge – é isso aí... onde a imagem e o desejo encontram-se separados por uma lacuna quase infinita. E o olhar é apenas aquilo que “salva” o amor transpondo essa distância (mas o olhar também mata e Narciso que nos diga). E então, o forró e outros gêneros podem ser considerados músicas? E Calypso? Assim, em um discurso dualista o forró seria o outro lado da moeda... o feio, o subjetivo, o impuro tendo em vista que imagem e desejo tornaram-se uma coisa só. Daí a música se justificar com a junção dos corpos de uma maneira quase libertina; sem falar naquelas dançarinas. Mas Nietszsche diz que toda subjetividade bebe nas águas da objetividade... e toda expressão onde a individualidade se sobrepõe, onde o desejo e a imagem tornaram-se uma coisa só são meras aparências; ambas estão sustentadas pelo Ser da Unidade. E o meteoro da paixão... é um exemplo clássico onde imagem e desejo tonaram-se uma coisa só e onde a arte se apresenta como uma mentira quase ingênua. Como pode alguém ainda comprar essa idéia? Cavalinho... cavalinho... afff... libertinagem pura! É feio pensar que alguém possa se entregar de uma maneira tão despreocupada... sem perceber as conseqüências da entrega ingênua ao amado e até mesmo ao hedonismo. Medéia que nos diga pois foi trocada por uma mulher mais nova depois de matar seu irmão para fugir com seu amado; parece que o amor que sobra é o amor impossível de Ana Carolina e Seu Jorge em “é isso aí”. Dói nos ouvidos.. na alma ouvir tantas mentiras... mas esse é o papel da arte... MENTIR. Ou você escolhe a tragédia ou escolhe ser pessimista, um pessimismo lindo... consciente! A arte conta mentira das duas formas. Ambas são ilusões criadas por nossas luzes... nossas perspectivas.
E então o que sobra? Eu prefiro ver o mundo com mais leveza e assim no fim de um relacionamento recente postei uma música de Luan Santana no meu Twitter – fruto da minha subjetividade na arte, deveria ter vivido na arte? Resolvi viver “pessoalmente”! Bem gosto até de “rebolation” pois vejo as coisas como mais leveza e entro em sintonia com a perspectiva proposta. Quando estou no Canatal me sinto no cortejo de Baco e onde todos os limites e toda moral estão sendo destroçados nos cânticos hedonistas de Leo Santana – imagine a minha inclinação pra fazer “arte” depois. Entretanto, nunca escutei rebolation no carro ou em casa. Só sei de uma coisa: São dois mentirosos esses Santanas mas como Afrodite Deus nos proteja de comermos das suas maças pois é aí que a tragédia inicia. Parece que há um discurso Kitsch e tudo parece “pesado”... “sujo”. Ana Carolina é leve porque nos mostra a Verdade? Rebolation é pesado porque conta mentiras? Ambos são mentirosos. A arte é feia... essa é toda a Verdade. Sai dessa de classificá-la. Ouça com leveza ou com “perspectiva”, ou seja, de acordo com o momento e a situação que é proposta. Tudo fica casual, finito, contigencial, transitório e leve. Esssa é a palavra: TRANSITÓRIO! Ana e os Santanas são transitórios... Só existem conforme minhas crenças e desejos – EMPATIA, essa é a palavra.
Alvim, Tô resolvendo uma pendência referente a estabilidade do meu link de acesso a internet. Depois disso, me ofereço pra ser moderador dos comentários. O que acha?
Ei, volta aí.
ResponderExcluirTudo bem que a música tem uma letra fraquinha e até duvidosa, isto eu até concordo. Mas quais os componentes para tanto "sucesso"? Um ritmo dançante, mal gosto generalizado? O quê faz uma música cair no gosto da grande massa? Tenho as minhas hipóteses, mas gostaria de ler as suas.
Forte Abraço
§ynara
Olá Synara,
ResponderExcluirpois é, tudo é milimetricamente pensado. Quanto mais fácil assimilação e maior poder de fixação (consequentemente repetição), tem mais chance de fazer "sucesso".
Ou não...
Beijão, volte sempre!
Com tempo sobrando assisti o seu vídeo – Alvim “estou” lendo o pimentas sempre que posso... (virou mania) e axu Q é “circunstancial” pois “estou” trabalhando só nas segundas e terças e “estou” pagando apenas uma disciplina na faculdade para me formar novamente. Caso fosse possível gostaria de “estar” aposentado – ainda bem que professor se aposenta com 25 anos lecionando. Outro motivo de “estar” lendo o pimentas é porque resolvi trocar meu desktop por um notebook.
ResponderExcluirNa minha primeira formatura eu dissertei sobre arte e principalmente música e só não tirei 10.0 porque um americano disse que nota 10.0 representava algo perfeito e nenhum mortal chegaria a tanto. Resultado: Fiquei com um 9.9 final em Filosofia/UFRN mas agora discutindo se Turismo é Ciência ganhei 10.0 com louvor na UERN.
Bem!!! Tudo isso pra te falar sobre “meteoros da paixão” e Música. Meteoros... coisas que passam rápido D+ apesar da letra divulgar um mantra que devemos nos jogar nessa roubada. Assim, não é que você esteja errado e os outros estejam certos...
Nietszche no seu livro “o nascimento da tragédia e o espírito da música” fala na dicotomia entre imagem e desejo; a objetividade, a pureza e a beleza se apresentam no distanciamento entre imagem e desejo, ou seja, MPB é música quando o desejo é quase impossível de se alcançar. Perceba isso na letra da música de Ana Carolina & Seu Jorge – é isso aí... onde a imagem e o desejo encontram-se separados por uma lacuna quase infinita. E o olhar é apenas aquilo que “salva” o amor transpondo essa distância (mas o olhar também mata e Narciso que nos diga).
E então, o forró e outros gêneros podem ser considerados músicas? E Calypso? Assim, em um discurso dualista o forró seria o outro lado da moeda... o feio, o subjetivo, o impuro tendo em vista que imagem e desejo tornaram-se uma coisa só. Daí a música se justificar com a junção dos corpos de uma maneira quase libertina; sem falar naquelas dançarinas. Mas Nietszsche diz que toda subjetividade bebe nas águas da objetividade... e toda expressão onde a individualidade se sobrepõe, onde o desejo e a imagem tornaram-se uma coisa só são meras aparências; ambas estão sustentadas pelo Ser da Unidade.
E o meteoro da paixão... é um exemplo clássico onde imagem e desejo tonaram-se uma coisa só e onde a arte se apresenta como uma mentira quase ingênua. Como pode alguém ainda comprar essa idéia? Cavalinho... cavalinho... afff... libertinagem pura!
É feio pensar que alguém possa se entregar de uma maneira tão despreocupada... sem perceber as conseqüências da entrega ingênua ao amado e até mesmo ao hedonismo. Medéia que nos diga pois foi trocada por uma mulher mais nova depois de matar seu irmão para fugir com seu amado; parece que o amor que sobra é o amor impossível de Ana Carolina e Seu Jorge em “é isso aí”.
Dói nos ouvidos.. na alma ouvir tantas mentiras... mas esse é o papel da arte... MENTIR. Ou você escolhe a tragédia ou escolhe ser pessimista, um pessimismo lindo... consciente! A arte conta mentira das duas formas. Ambas são ilusões criadas por nossas luzes... nossas perspectivas.
E então o que sobra? Eu prefiro ver o mundo com mais leveza e assim no fim de um relacionamento recente postei uma música de Luan Santana no meu Twitter – fruto da minha subjetividade na arte, deveria ter vivido na arte? Resolvi viver “pessoalmente”!
ResponderExcluirBem gosto até de “rebolation” pois vejo as coisas como mais leveza e entro em sintonia com a perspectiva proposta. Quando estou no Canatal me sinto no cortejo de Baco e onde todos os limites e toda moral estão sendo destroçados nos cânticos hedonistas de Leo Santana – imagine a minha inclinação pra fazer “arte” depois. Entretanto, nunca escutei rebolation no carro ou em casa.
Só sei de uma coisa: São dois mentirosos esses Santanas mas como Afrodite Deus nos proteja de comermos das suas maças pois é aí que a tragédia inicia.
Parece que há um discurso Kitsch e tudo parece “pesado”... “sujo”. Ana Carolina é leve porque nos mostra a Verdade? Rebolation é pesado porque conta mentiras? Ambos são mentirosos. A arte é feia... essa é toda a Verdade. Sai dessa de classificá-la. Ouça com leveza ou com “perspectiva”, ou seja, de acordo com o momento e a situação que é proposta. Tudo fica casual, finito, contigencial, transitório e leve. Esssa é a palavra: TRANSITÓRIO! Ana e os Santanas são transitórios... Só existem conforme minhas crenças e desejos – EMPATIA, essa é a palavra.
Alvim,
ResponderExcluirTô resolvendo uma pendência referente a estabilidade do meu link de acesso a internet. Depois disso, me ofereço pra ser moderador dos comentários. O que acha?