29 abril 2010

Vamos dar uma licencinha para a acessibilidade?

Oi pessoal do Pimentas tudo bem?

Terça-feira passada ocorreu um incidente num supermercado do Rio Grande do Sul que traduz fielmente a situação do portador de necessidades especiais; seja ele cadeirante, idoso, gestante, deficiente mental ou visual no nosso país... O senhor Léo Mainardi, pai de uma cadeirante, chamou a atenção de um brucutu que estacionou na vaga destinada para deficientes físicos. Após ser achincalhado pelo indivíduo, que atende pelo nome de Rudicir Fernandez de Freitas, ele foi agredido e na briga acabou sendo atingido na cabeça por uma barra de ferro que resultou num coágulo no seu cérebro. Léo Mainardi encontra-se hospitalizado depois de sofrer uma cirurgia e seu estado inspira cuidados. O agressor em depoimento diz que não se lembra de ter atingido a vítima (provavelmente alegará insanidade temporária no processo judicial).

Engraçado como as pessoas dotadas de perfeito estado físico insistem em transgredir essa premissa básica de civilidade. Seja na vaga do estacionamento; no assento destinado ao idoso; na fila prioritária; pessoas em perfeitas condições físicas invadem este espaço tão pequeno, destinado aos portadores de necessidades especiais. Talvez por não se enxergarem naquela situação; talvez por querer levar vantagem; talvez por estar com pressa; nossa consciência solidária ainda esta engatinhando se comparada com à de outros países. Gestantes são vistas como “fura filas”, idosos como estorvos, cadeirantes como párias... Como dar autonomia para estas pessoas se achamos ruim quando passam com prioridade num concurso público, ou olhamos com cara feia quando passam à nossa frente na fila do banco? A novela Viver a Vida vem abordando pertinentemente, porém de forma muito suave, a dura vida de um portador de necessidade especial e o constante preconceito com que têm de conviver.

Paciência minha gente; a nossa vez vai chegar...

2 comentários:

  1. Mais um assunto que me deixa revoltada, eu nunca me conformei, por exemplo, com as pessoas que sentavam no ônibus nos lugares destinados para idosos, deficientes e gestantes, muitas vezes briguei para que o animal irracional saisse pra que alguém sentasse ali por direito. Bom mais sou assim, inconsequênte as vezes e nessa hora esqueço que poderia ter uma reação violenta contra mim. Não bastasse minha consciência e respeito por todos a alguns anos eu precisei ficar 2 meses numa cadeira de rodas por causa de uma fratura grave no tornozelo e senti na pele a humilhação que sofre um cedeirante.
    Bom com risco de apanhar ou não eu vou continuar brigando com os idiotas que não têm nenhum respeito pelos outros.
    Se eu apanhar alguém me socorre?
    Abração!!!

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  2. Glau, acho brabo alguém te socorrer porque ninguém quer mais arranjar incomodação e correr o risco de ter a história deturpada e levar um processo nas venta... Triste quando a falta de comprometimento gera essa forma de vicio social. Mas é melhor passar por chato do que por omisso. Vamos brigar pelo direito alheio sim!

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