08 março 2010

Oscar: porque Avatar não!




Oi pessoal!

Neste domingo (dia 7/3), à noite na premiação do “Oscar”, contrariando expectativa de muitos, o filme “Avatar” , produção de James Calderon, levou somente 3 estatuetas para casa. Era o favorito para noite, contra o “Guerra ao Terror”, que no Brasil, havia somente sido lançado em DVD, pelas baixas expectativas de bilheteria nos cinemas. Depois da indicação ao “Oscar” rapidamente foi posto no circuito de cinemas.

“Avatar”, realmente é um filme muito bom. Excelente fotografia, efeitos visuais incríveis, direção perfeita.Michelle Rodriguez, que participou da filmagem de “Avatar”, no Twitter expressa sua indignação, com voto de silêncio, evitando comentar.



–“Prefiro me silenciar a falar dessa “merda”.



“Guerra ao Terror”, direção de Katryn Bigelow, ex-mulher de James Calderon, conta história que se passa no Iraque, onde uma unidade americana anti-bombas atua, levou as estatuetas de melhor filme e melhor direção e mais ainda de melhor roteiro original, melhor edição de som, melhor mixagem de som e melhor montagem. Katryn foi a primeira mulher a receber o premio de melhor diretora.

O filme de Katryn fala logicamente da saga das lutas no Iraque, retrata o drama pessoal de um desarmador de bombas à serviço do exército americano que ocupa o Iraque.

Para se entender o filme Avatar é necessário conhecimento, mesmo que pouco, de assuntos mais espiritualistas. O filme é uma ficção, insinua que a história se passa em uma cidade em ruínas, devastada, que poderia ser a Atlântida, com o aparecimento de humanóides híbridos entre animais, humanos e alguma outra raça mais evoluída do Universo. No final é uma história de amor, uma história que fala da luta entre o bem e o mal.



E aqui começa a questão para quem esperava que Avatar levasse a maioria das estatuetas. Este é somente um filme de ficção para um público que realmente entenda. A grande maioria o assiste como uma história qualquer, prendendo somente na qualidade da filmagem, fotografia, efeitos especiais.

O outro, um drama militar, que pega na ferida aberta do povo americano: o terrorismo. Pega também na consciência e na culpa pela política errada, há anos, adotada pelos dirigentes americanos com relação àquela região do Oriente. Politica que fez surgir os Bin Laden da vida, Al Quaeda, Talibã e vai por ai afora. A estatueta lava a alma do povo americano, uma vez que o herói do filme, na história é a maior vítima.

Há muito tempo o “Oscar” ao premiar leva em consideração mais o momento político do país, do que arealmente a qualidade dos filmes e adjacentes.

Devemos é nos espantar com a falta de visão das pessoas em geral, em contar com a certeza de que Avatar seria a grande vedete da noite, em detrimento de um assunto deveras constrangedor ao povo americano, que são as guerras que promoveram em sua história em nome da liberdade. Liberdade de quem? Claro a deles!
Falei, agora me vou. Fui.

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