23 março 2010

Maioridade penal: cana pros "dimenor?"


Salve, salve, leitor amigo do Pimentas!

Calor brabo, hein?

Pois, nessa tarde de calor infernal, vejo num jornal local o chororô de um pentelho de 16 anos de idade, que encheu a caveira de bebidas alcoólicas das mais variadas estirpes e detonou com o carro do papaizinho. Dezesseis anos...

Aos dezesseis anos, eu não sabia dirigir. Grandes porcarias, já que até hoje eu não sei. Mamãe também não me emprestava o carro. Grandes porcarias, já que até hoje não me empresta seu Fiteco 147 nem em caso de catástrofe nuclear.

Só que aos dezesseis anos, aos vinte e poucos anos e até hoje tenho consciência de um negócio que essa juventude de hoje desconhece: responsabilidade! O pivete mimado e feioso poderia ter causado uma desgraça, passeando por aí feito o grande otário que é, com a cara cheia de álcool. Eu sei, não é só menor de idade que faz isso, mas cadê o pai desse trombadinha? Cadê a família deste cretino infanto-juvenil, que deveria dar um belo dum sapeca-iaiá na orelha dele?

Caso a maioridade penal tivesse caído pra dezesseis, este palhaço poderia estar na cadeia, que é o lugar que ele merece, e não choramingando no colinho da mamãe! Mas ele é "dimenor", tadinho... Uma pena que Brasília não cede aos apelos da maioria, conforme mostrou uma enquete promovida por Pimentas no Reino, onde a 71% votaram a favor da redução da maioridade penal.

É culpa dele, ser imbecil assim? Nananinanão. O problema é o papai que não ensinou pra esse projeto de marginal regrinhas básicas, do tipo "não roube o carro do papai pra tentar matar inocentes quando estiver bêbado".

É culpa do pai, então? Em partes... porque parte dessa culpa é da legislação brasileira, que diz que um marmanjo vagabundo desses é menor de idade, e portanto não pode arcar com as consequências do que faz. Ah, vá tomar banho! Moleque de dezesseis anos e vem dizer que é inocentezinho?

Acorda, Brasília. Pai que dá chinelada no filho não pode. Filho pegar carro bêbado e se tornar assassino potencial pode? Levei chinelada, correiada e outras adas quando era moleque, não virei um serial killer nem acho que minha mãe tava errada, não. Pé de galinha não mata pintinho, já diz o ditado. Agora, pai omisso e legislação burra geram esses monstrinhos. E quem paga o pato, a vítima do atropelamento?

Abração pra ti, leitor amigo!

2 comentários:

  1. Parabéns por esse post. Concordo com tudo que você disse. Acho um absurdo a legislação "entender" que um marginal de 16 anos não sabe o que faz, essas "fundações casa" da vida não adianta porra nenhuma, vamos falar no vocabulário certo, são poucas que conseguem reintegrar esses jovens à sociedade, mas infelizmente parece que isso não está nem perto de mudar, vamos continuar aguentando esses jovens marginais matando, roubando e fazendo todos os tipo de atrocidades sem serem devidamente punidos, isso é Brasil. :)

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  2. Kapteyn:
    Infelizmente é isso. Vagabundo de 17 pode "estar matando" ou "estar roubando", e nós que trabalhamos honestamente estamos cada vez mais presos em casa... isso é Brasil!
    Abração pra ti!

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