25 março 2010

Festivais de Música: porque parou, parou por que?

E aí, leitor amigo do Pimentas?

Como é que vai a cantoria?

Então... pena que acabaram os Festivais de Música, né? Senão, vejamos:

1967. Surge num festival uma certa canção chamada Travessia, o sujeito que a interpreta é um tal de Milton Nascimento, que a propósito levou o prêmio de melhor intérprete no Festival Internacional da Canção... no mesmo ano, um tal de Chico Buarque nos presenteia com "Carolina".

1968. O pau quebrando a torto e a direito no Brasil, e Geraldo Vandré explica tudo com a histórica "Pra não dizer que não falei das flores".

1970. Tony Tornado, ícone da luta contra o preconceito, aparece com a poética "BR3".

1972. Dois petardos na MPB: Jorge Ben Jor (que ainda não era Jor), com Fio Maravilha; e Raul Seixas com a fusao fantástica que resultou em Let me Sing.

Tá vendo só, leitor? Eram os festivais... ah, os festivais... a Globo até tentou ressuscita-los em 2001, quando venceu a insossa "Tudo bem, meu bem", enquanto o público do estádio inteiro aclamava "Brincos", uma canção brega mas cativante...


Geraldo Vandré

De qualquer forma, leitor amigo, eis o fato: pra que festivais? Pra que essas oportunidades tão ricas em conteúdo, se o que vende mesmo é o Rebolation, é o Calypso, é a bundalização funkeira brasileira - porque lá fora, funk é música, só o Brasil chama de funk essa porcariada que faz sucesso na piscina maluca do Celso Portiolli.

E parafraseando outra canção inesquecível do MP4... "Pois é... pra que?"

Abração pra ti, leitor!

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