25 fevereiro 2010

O preconceito nosso de cada dia


Olá, povo do pimentas! Não se fala outra coisa, além do fim das férias, sobre o BBB 10, desta vez, o Boninho que sempre colocou homossexuais homens dentro do Programa, e ao que parece, pela primeira vez, colocou uma mulher homossexual lá dentro. Incrivelmente no país das diversidades preconceituosas, não demonstraram com eles, demonstraram com ela.

Houve até um que ganhou o prêmio máximo apelando para a sensibilidade dos votantes ao se posicionar como pobre coitado perseguido. Confesso estar sendo um pouco leviano, por não acompanhar o programa em nenhuma das suas edições, mas quem conheço, e acompanha, ficou surpreso com a saída da “moça de bigode”, como chamam a Ana Angélica, noutra demonstração de alijamento.

Viemos de uma cultura machista, que a duras penas sujeitou-se a tolerar homossexuais masculinos, mas o feminino não. Já ouvi a “boca pequena”, a seguinte frase: “É ‘Sapatão’ por que nunca pegou um macho de verdade”. Cenas revoltantes como essa acontecem aos montes, na sua volta, e todos nós, de certa forma, direta ou indiretamente, permanecemos estáticos diante delas, por apatia ou condescência involuntária. Prova maior disso, que o maior vencedor em popularidade, foi um “macho” de duas “fêmeas” dentro da casa.

Esse machismo imperante por aqui, é geral, não só os homens o praticam, como as mulheres os toleram e os apóiam. O programa deprimente da Vênus Platinada serve ao menos para isso, para arrancar a máscara de quem está dentro, mas principalmente, para escancarar as faces escondidas de quem olha aqui de fora.

7 comentários:

  1. Ziegler...
    vou te falar como uma pessoa que acompanha o programa, desde a primeira edição.
    Claro que tem muita gente falando tudo que tu comentou, mas não pensa erroneamente, que a saída desta menina tem algo a ver com preconceito, pois não tem.
    Ela fez comentários maldosos, inventou histórias descabidas pra se proteger não se sabe que, pois estava tudo muito bem obrigada.
    Não quero dizer com isso que o preconceito contra gays e lésbicas não exista, pois seria utopia total, e não tenho uma visão utópica das coias, nenhuma na verdade. Só que este não foi caso de preconceito.

    O preconceito existe em suas mais variadas formas, pelos motivos mais absurdos, quer um exemplo: fui mãe aos 17 anos, não conseguia emprego quando meu filho nasceu, por ser mãe solteira, me olharam feio na escola, na igreja que frequentava não queriam me permitir a participar mais do grupo de jovens como se eu tivesse adquirido uma doença contagiosa. Tive que brigar pelo direito de conseguir um trabalho pra sustentar meu filho, pelo direito de continuar indo as aulas sem ser ridicularizada por colegas e professores(claro que nem todos, apenas uma minoria sem noção). Hoje, que sou casada, tenho uma vida estável, todos acham lindo eu ser mãe de um menino de 14 anos aos 31 de idade.....hipocrisia....
    Pois bem, foi só pra exemplicifar uma das maneiras de preconceito que temos por ai, e nem notamos...assim como com os negros, os mais desfavorecidos intelectualmente(muitos por falta de condições ou de incentivo), os homosexuais, os índios, religiosos de diversas vertentes, os brancos, dentro de uma comunidade negra também sofrem preconceito.Quer outro exemplo:
    Sou de religião de matriz afro, batuqueira como se fala aqui no sul. Pois em uma reunião sobre um evento que os grupos afrodescentens iriam fazer, um senhor negro, aparentemente bem educado e esclarecido, me xingou, dizendo que eu não tinha o direito de opinar, por que não é admissível uma branca azeveda ser batuqueira....ele falou exatamente estas palavras, como se não tivessemos livre direito a culto religioso em nosso país.
    vou encerrar meu comentário por aqui, pois já falei demias por hoje.
    Um abraço.

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  2. Luciana, sofro deste mesmo precoinceito que tu no meio Batuqueiro.
    Sou branco e de uma casa de "linhagem" antiga, e nos batuques me olham de cara torta....

    Pré-conceito tem em muito lugares!!

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  3. Não acredito que o motivo pela saída da Morango, seja a homossexualidade dela.

    Algumas pessoas julgam a atitude de outras, a forma como ela se posiciona diante das adversidades e mais uma infinidade de coisas.

    A cultura pode ser machista, mas não é compartilhada por todos.

    Beijos.

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  4. Pois então, o preconceito velado aparece nestes momentos, inconscientemente as pessoas se colocaram contra ela, posicionando-se ao lado de um declarado homofóbico, que ameaçou a moça de espancamento. Há sim julgamentos de tudo na vida, onde a brutalidade sobrepõe as demais.

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  5. Para tentar entender o real motivo da eliminação de Angélica, seria necessário avaliar a semana anterior à saída dela. Tudo aconteceu naquela semana e após o paredão cujo resultado eliminou a Elenita.

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  6. "Confesso estar sendo um pouco leviano, por não acompanhar o programa em nenhuma das suas edições, mas quem conheço, e acompanha, ficou surpreso com a saída da “moça de bigode”, como chamam a Ana Angélica, noutra demonstração de alijamento."

    Acho complicado uma pessoa que não assiste e não acompanha o programa escrever sobre o mesmo, ou seja, criticar tirando por base opiniões alheias. Se pelo menos estivéssemos falando de drogas, tudo bem, mas opinar de forma parcial sobre um programa que ele mesmo diz que não assiste?

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  7. Prezada Kátia, por eu não ver um programa popular, onde todos os meios de comunicação, e pessoas que me cercam só falam dele, certamente, tenho tantas informações sobre, quanto quem o assiste diariamente sem nenhuma critica.

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