24 fevereiro 2010

O pai do CD está de volta?


E aí povo do Pimentas, tudo na boa?

Seguinte, surgiu  a ideia de falar sobre a volta do vinil! Eu que não dou bobo, recorri a Beth Nobrega, que já escreveu pra nós! Ela aceitou e aí em baixo está o texto dela!


Símbolo retrô pra uns, acessório de moda pra outros, peça de decoração para outros tantos ou simplesmente artigo de colecionador para a maioria. Foi ícone por quatro décadas, embalou festas e romances de gerações e praticamente foi abolido do mercado fonográfico por conta da chegada do CD. E agora, ele está de volta: O disco de vinil ou LP, como é mais conhecido.

E é através de duas grandes gravadoras que o LP volta a se destacar no cenário musical: Deckdisc e EMI Music. A primeira investiu pesado na recuperação de máquinas, contratou profissionais e lançou em vinil, trabalhos de quatro artistas de seu casting. A segunda anunciou o lançamento da discografia completa da Legião Urbana e da carreira solo do Renato Russo.

O LP é uma alternativa de luxo para artistas e amantes da música, com um som mais fiel ao original, sem muitos retoques. Agora, imaginem o que seria de artistas “consagrados” como Wanessa (ex - Camargo) e Stefanny Absoluta (??) sem a tecnologia avançada que permite ajustar a voz? Quero não, obrigada.

Para as gravadoras, mais do que agradar a colecionadores, o negócio representa dinheiro e muito, além de ter menos perdas com a pirataria.

Eu tinha vários LP’s em casa, curiosamente não sei o destino que os levou daqui, mas de pelo menos uma coleção eu sei o fim: A da Xuxa (sim, a rainha dos baixinhos) foi pro lixo justamente quando passei de criança a adolescente. Abafa o caso. Também tinha uma vitrola, tocava discos e rádio AM/FM, um luxo e foi nela que aprendi a gostar de música e a infernizar os vizinhos. Boas lembranças.

E as capas? Eram um capítulo à parte, os artistas caprichavam mesmo, algumas eram mais artesanais, outras mais futuristas... Verdadeiras obras de arte e sem falar no cuidado todo especial na hora de manusear o LP, aquela agulha danada que sempre arranha os discos...

A propósito, eu não me arrependo de ter atirado os LPs da Xuxa pela janela, que fique claro.

Se você não tem vitrola em casa, mas quer ouvir como ficaram esses lançamentos em LP, a solução é comprar um toca-discos ou esperar esse acessório chegar ao mercado, o importante é não pendura-los na parede!! Quem nunca ouviu o som de um LP, tem agora uma ótima oportunidade de conhecer como era o som que embalava o love de papai e mamãe. Favor poupar-nos dos detalhes sórdidos.

Que foi? Ta achando que o fim do CD está próximo? Não se engane, ele ainda tem um longo caminho pela frente.

Já eu, que não tenho mais aquela vitrolinha e nem os LPs, vou aproveitar pra comprar alguns discos e me matar de tanto ouvir Legião Urbana. Quem me encontrar viva depois disso, favor devolver na casa de mamãe.

E aí, será que essa moda pega?

Beijinhos,

Beth Nóbrega.




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