19 fevereiro 2010

A minoria das grandes massas



Oi povo heterogêneo do Pimentas, beleza pura?

Estava eu aqui pensando sobre alguma informações solicitadas em currículos mal feitos. Religião, cor da pele. Onde diabos isso pode influenciar no meu trabalho? (a não ser que a pessoa seja adventista e não trabalhe aos sábados, o que não faz diferença aqui na agência)

Aí me veio outro pensamento: já te caiu a ficha que lá no País Sem Nome da América do Norte a gente é latino? Sim fofo, “brasileiro” é latino, pasme! Não faz diferença que a gente não fale espanhol, que sejamos tão diferentes dos equatorianos, somos latinos! Aliás, estadonideste adora rotular as pessoas, seja por orientação sexual, cor ou credo. Caio na mesma pergunta: onde diabos isso pode influenciar?

Aqui no Brasil existe esse hábito. Engraçado, um povo tão mestiço, tão miscigenado em tantos anos de carnaval e oba-oba, insiste em dar nome à sua cor de pele. Pardo? Papel é pardo, a pele é só bonita. Mais engraçado ainda é dizer que algumas etnias e condições são “minorias”. Exemplos? Adoro, vamos lá.

- deficientes: são cerca de 14,5% da população. Acho que tem mais cego, surdo e maneta do que loiras naturais. O mercado ainda não percebeu isso, a potência consumista que esse “público” representa. Tem casa noturna que faz banheiro adaptado pra cadeirante no segundo andar. Legal, hein? E a escada pra chegar no segundo andar?

- negros: são mais da metade da população. E não me vem com esse papo de mulato, escurinho, moreno, é preto porra! Tenha orgulho, não alise o cabelo, não se sinta inferior por ter uma cor de pele tão linda! Insista, se prepare pro mercado de trabalho, foda-se o preconceito de gente clarinha e falsa. Dê um tapa com luva de pelica, seja o melhor sem se preocupar com olhares tortos.

- mulheres: de novo, mais da metade da população. Pô criatura, te impõe! O foda é que mulher é tão competitiva que não vota em mulher, não apoia mulher, não escolhe outra mulher nem pra ganhar BBB.

- gays: o terceiro sexo tá virando o segundo. Todo dia vem um aqui na agência. Em festa tem mais casal de menina do que hetero.

Na real, minoria mesmo é de quem não tem preconceito e não rotula as pessoas.

2 comentários:

  1. Ana, como sempre arrasando no discurso!!! Preconceito é uma bestialidade. Eu tenho preenchido curriculos pela net e quando me deparo com perguntas como: cor, altura e peso desisto imediatamente da empresa, eu me recuso a emprestar minha capacidade e talento pra uma empresa que vive de aparências.

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  2. Ana, e Glaucia, to com vocês...

    eu me nego at´pe de enviar currículo pra quem pede foto, é irracional, o que a cor do meu cabelo, do meu olho, meu peso, vão influenciar na minha capacidade produtiva???

    Pois é, sobre preconceitos gerais, acabei de postar no texto do Ziegler do dia 25/fev....falar mais o que?

    eitcha povo......

    bjs meninas

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