Dourado: o antiheroi do BBB

Salve, leitor gente finíssima!

Como é que tá o tempo aí, tudo numa boa?

Então... você deve estar estranhando eu falar pouco nessa edição do BBB, né? Logo eu, que me divirto a beça com aquela gaiolinha de prender maluco.

É que até agora o único personagem dessa edição que me motivou a escrever foi o lutador gaúcho Marcelo Dourado. E eu estava esperando pra escrever num momento específico. Eu tinha a teoria de que ele ia acabar enfiando os pés pelas mãos a qualquer momento, e ia ser eliminado com centenas de milhões de votos vindos de toda a galáxia.

Entretanto, nas mais variadas discussões, nos mais variados momentos, irritando a todo mundo que participa do programa e com certeza irritando também quem assiste, Dourado segue firme na competição.

Eu achei que o tiro no pé tinha sido dado essa semana com a guerra declarada entre ele e a mineira Angélica "Morango", mas o resultado do paredão - recorde histórico de todas as edições do BBB, com 77 milhões de votos - mostrou que ainda não foi dessa vez que o lutador entrou pelo cano e saiu do tubo. Apesar da ira demonstrada contra Angélica e das declarações mais estapafúrdias possíveis, Dourado sobreviveu a mais um paredão, enfrentando a mineira, Dicesar e uma campanha ferrenha aqui do lado de fora, com direito a gente oferecendo até dinheiro pela eliminação do gaúcho. Estamos de volta ao velho oeste?

Fenômeno de popularidade? Não acho. Simpatia? Tenho certeza que não. Qual é então o segredo de Dourado pra se destacar tanto numa edição tão cheia de personagens peculiares?

Palpite do André: Dourado explode mas pede desculpas. Dourado segura a onda quando na verdade gostaria de dar uma voadora a la Chuck Norris. Dourado se confunde e volta atrás. Dourado percebe que está errado, mas segue em frente. O sujeito fala as maiores barbaridades, demonstra ignorância sobre assuntos de domínio público, e vai por aí. Então, o que acontece é que Dourado sobrevive no BBB graças aos buracos que tem no casco, que deixam o público ver que há um ser humano naquele ogro, e vice-versa.

No fundo, este antiheroi tem um pouco de todos nós.

Também metemos os pés pelas mãos em várias ocasiões. Lançamos palavras que gostaríamos de recolher no ar... quantas vezes não desejamos enforcar quem nos aporrinha? Vai ver, é isso. Dourado tem se mostrado um sujeito comum, com o qual, guardadas as devidas proporções, qualquer um pode se identificar. E vai por aí, que as próximas semanas nos mostrarão até onde ele resiste.

Abração pra você, leitor!