07 janeiro 2010

Gente que faz piada com a desgraça alheia



Salve, leitor amigo do Pimentas, tudo numa boa?

Pois é... 2010 chegou, trazendo esperança de um ano melhor pra todos nós. Mas, infelizmente, o ano também começou com uma tragédia bastante triste em Angra dos Reis, conforme você já deve ter sido amplamente informado pela mídia.

Entretanto, até pra ver se me motiva, o Zé resolveu me mostrar esse post aqui, onde ele mostra a quantas anda o senso de humor e humanidade de um bando de pré-adolescentes, desses que eu costumo dizer que são incapazes até de se masturbar, dada a complexidade do ato pra esse tipo de imbecil, cuja mente limitada o impede das coisas mais simples, gente que me surpreende por ter passado pela infância sem se sufocar com uma sacola de supermercado ou coisa assim (a metáfora da sacola de supermercado não é de minha autoria, não sei quem a criou, mas sou fã do autor desconhecido).



Os imbecis em questão resolveram se queixar no Twitter. Parece que não estão felizes com a cobertura da imprensa acerca da tragédia. Não adianta. Não vou perder tempo, dizendo que eles pensariam diferente se tivessem algum parente na tragédia. Primeiro, porque esse raciocinio é deveras profundo pra eles. Segundo, porque eles certamente não são a melhor representação das famílias que os geraram. Gente como esses moleques me faz lembrar de uma piada antiga, mas que tem bem a ver com eles, aquela em que a enfermeira se aproxima da mãe que acabava de parir, carregando a cria nas mãos e dizia "dona, não salvamos o bebê, mas o monstrinho que o comeu tá aqui".

Monstrinhos. E só isso. Não tem qualquer perspectiva de se tornarem qualquer coisa que valha mais do que já escrevi até aqui. O que me dá pavor é imaginar que esses idiotas possam ser férteis, porque a possibilidade de eles procriarem é apavorante.



Não, leitor. Não sou contra a piada que é feita com base numa tragédia. Não sou contra esse tipo de piada graças a uma sábia lição dada pelo Paschoal, sujeito nota 10 que alegra as manhãs do povo mineiro e brasileiro, graças a Internet, com um programa logo as quatro da manhã na Itatiaia (AM 610, FM 95,7), recheado de bom humor. Certa vez, ao ser questionado pelo fato de estar contando piadas que faziam referência a queda do avião da TAM, lá pelos idos dos anos 90, ele disse o seguinte: "no Brasil, uma das maneiras de não deixar o povo esquecer das coisas é fazer piada sobre elas". O raciocínio procede, desde que guardadas as devidas proporções de bom senso. O ruim não é fazer piada sobre os fatos, é tripudiar deles. Talvez por isso fazer piada seja coisa de gente grande, como é por exemplo o caso do Toni Bellotto, que fez o favor de explicar a piada do Robin William se não de moleques como esses do Twitter...

Um comentário:

Apimente você também

Artigos recentes