22 dezembro 2009

JUSTUS: A grana ou a galera?

Opa, e ai, povo do Pimentas, como vão as coisas?



Acho que todo mundo já deve ter visto pelo menos uma vez o programa 1 Contra 100 no SBT, apresentado pelo ex-patrão carrasco Roberto Justus, que agora tenta passar a imagem de apresentador bonzinho.

O programa é um formato da empresa holandesa Endemol (a mesma produtora do BBB), e é dirigido por Paulo Franco, ex-diretor artístico da Record. A contratação de Justus foi amplamente divulgada na mídia como o "golpe fatal" de Sílvio Santos sobre a emissora de Edir Macedo, possivelmente um contra-ataque à mudança de Gugu Liberato para a Barra Funda. Justus, que era visto como "a menina dos olhos" da Record disse ter ficado seduzido pelo dono do Baú (aiaiai uiui!), após ouvir as propostas do novo chefe.

Que o programa é bom, eu não duvido. Além do cenário ser bem feito, imitando à risca seu formato americano, o 1 Vs 100, Justus vem mostrando a cada semana que está chegando lá como apresentador. E o Ibope vem correspondendo. Depois de perder até para Luciana Gimenez, Justus vem conseguindo seu espaço.

Mas o programa ainda tem algo a corrigir. Não no formato, que na minha opinião está perfeito, mas no apresentador. Longe de mim querer ensinar algo a Justus, tanto porque não estou sendo pago pra isso (malcriado eu, né?), mas nas edições do programa tem ficado evidente que Justus ainda precisa rever alguns pontos que parecem simples, mas podem comprometer e muito a imagem dele como apresentador.



É necessário analisar uma coisa: Justus e SBT tem um "choque cultural" enorme. Justus é um dos maiores empresários brasileiros e muito respeitado em algus lugares no mundo. Nasceu em classe média e estudou nas melhores escolas. Em contapartida, o SBT é uma emissora que já nasceu popular. Desde sua fundação em 1981, ela focou as classes C e D como público principal e isso deu muito certo. Qualquer tentativa de "elitizar" a emissora de Sílvio Santos podeira trazer resultados catastróficos. Sendo assim, conciliar Justus e SBT pode ser uma tarefa um pouquinho difícil.



Esse "choque cultural" ficou evidente no programa em que Justus recebeu a humorista Lívia Andrade, a queridinha do Programa Sílvio Santos. Lívia não conseguiu responder uma pergunta aparentemente simples, como o nome de um dos 3 Mosqueteiros, o que deixou Justus visivelmente decepcionado. Iso é algo que precisa ser revisto com certa urgência, para não comprometer a imagem de Justus como apresentador.

Além disso, Justus tem tomado partido nas situações criadas em seu programa, como numa edição em que chegou a chamar o participante de medroso sem qualquer cerimônia, ou no programa da batalha dos times, em que fez um discurso desnecessário defendendo seu time, o São Paulo.

Justus gosta de se mostrar o mais culto: sempre que alguma pergunta mais difícil aparece, dessas que exigem um conhecimento cultural maior, Justus faz questão de dizer que sabe a resposta. Isso é ruim, pois pode constranger o telespectador, que pode se sentir diminuído.

Será que eu seria um bom diretor de programa de TV?

Vou-me, que o resfriado ainda não me largou!

Um comentário:

  1. Grande Weslley, belo post, mas faço minhas considerações:
    1) O SBT já teve seus programas elitizados,nos tempos do Boris Casoy, Lilian Witte Fibe, Jô Onze e Meia e no auge do Programa Livre ( e isso não foi catastrófico para a emissora,pelo contrário).
    2) Roberto Justus faria melhor negócio se pedisse desculpas públicas a mais de 40 profissionais que desempregou ao tirar da Record e não alocou,como prometido, na Bandeirantes através da empresa montada com o vencedor do Aprendiz 5, a quem usou como laranja em uma operação que lesaria principalmente o apresentador Milton Neves, que se não fosse quem é, teria saído do ar .Esse assunto está sendo discutido em um processo judicial,inclusive.

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