10 novembro 2009

Semelhanças entre o muro de Berlin e o caso da Uniban



Olá amigos do Pimentas!

Passou o dia da comemoração da queda do muro de Berlim, 9 de novembro, mas sempre é tempo de uma reflexão, sobre fatos que aconteceram e que podem ter semelhanças.

Convido você para juntos repensar o famigerado muro de Berlin, e o caso da Unibam, sob o ponto de vista psicológico, deixando de lado o econômico, mesmo sendo o mais importante, entre os demais.

Falo isso porque, o aspecto econômico é sempre o determinante, isto é, atrás dos grandes fatos da história está sempre embutida, às vezes bem camuflado, uma causa de ganho ou perda de valores econômico, ou bens, ou produto, como por exemplo, as guerras no Oriente Médio, que por trás está o petróleo.

Após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o mundo foi dividido em 2 lados: de um lado o mundo comunista, capitaneado pela União Soviética, e do outro lado, as nações capitalistas, com os Estados Unidos liderando.

A Alemanha sofreu essa divisão concretamente, com a construção de um muro que dividiu o país entre soviéticos comunistas e de outro lado os ocidentais capitalistas. Isso ocorreu em 1949, com a criação da República Federal da Alemanha (RFA) e República Democrática da Alemanha (RDA).


O que tem de comum entre esses dois fatos, a criação do muro separando e dividindo um povo, sem que as famílias e amigos possam se ver, e o caso da moça que foi enxotada da Uniban, por conta de um vestido minissaia vermelho: houve humilhação, intolerância, que abalou o moral, a auto estima, o amor-próprio de uma nação, e na Unibam de uma aluna.

A intolerancia é a palavra chave para entendermos as duas situações. Um regime ditatorial, autoritário, que de tão bom, as pessoas precisaram ser isoladas do resto do mundo, e presas, na tentativa desse regime se perpetuar no poder. Porque caso a população tivesse alguma idéia do que acontecia do outro lado do muro, dificultariam muito a governabilidade, a fuga se daria em massa. E o último apagaria a luz. Debandada geral.

Os alunos da Uniban e seus dirigentes também, mostraram a mesma intolerância, que fez com que humilhassem Geisy de Arruda, colocando-a fora da Instituição, aos ponta pés, porque não toleraram as diferenças, ou pessoas que tentam viver de forma diferente, vestindo roupas diferentes daquele que é o uniforme: as calças jeans e suas variações.

Vejam o vídeo e percebam a loucura que foi, dia 9 de novembro se comemorou 20 anos da queda do muro, que aconteceu diante dos olhos de milhões de pessoas, que não acreditavam que aquilo estava ocorrendo, situação mais ou menos semelhante ao ataque das torres gemeas nos Estados Unidos, quando assistimos em casa de boca aberta, pensando que se tratasse de alguma pegadinha do Faustão.

Muitas pessoas morreram na tentativa de fuga para o outro lado do país, hoje os dois lados vivem, tentando se reintegrar, como se fossem o irmão rico e o irmão pobre. Não precisa dizer que a Alemanha Ocidental tornou-se símbolo de progresso e riqueza, e Alemanha Oriental de pobreza, restrição, e tristeza.

O muro nunca vai sair da alma e da história do povo alemão, e a Geisy será que saberá dar a volta por cima, e deixar pra atrás esses fatos negativos, e aproveitar a notoriedade que ganhou, e do limão fazer uma limonada?

O tempo dirá.

Fui. Depois eu volto, vou só até ali tomar o meu Chandelle. Apesar de brasileira, sou filha de alemães. Bah!



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