02 novembro 2009

"Quem chega lá?": nenhuma renovação no humor brasileiro

Salve, leitor do Pimentas... como é que vai essa força?

Bicho, estava agora assistindo ao Quem Chega Lá, quadro em que o Faustão faz tudo que está ao seu alcance pra atrapalhar os candidatos que supostamente são a renovação do humor brasileiro, conforme eu já havia dito aqui neste post.




Só que hoje, vi três candidatos supostamente qualificados para a semifinal. E foram terríveis minutos, cheios de piadas repetidas, velhas, requentadas... uma velha maluca, contando piadas que provavelmente já eram velhas quando ela nasceu, e olha que isso dificilmente aconteceu nos últimos dois séculos. Um sujeito tentando fazer graça sobre os trejeitos de maus dançarinos (o menos pior da noite), e Zé Modesto, nordestino chato que é um mostruário de estereótipos, com seu novo personagem que nada mais é do que uma repaginada na mesma chatice que ele já faz a décadas.

Chega lá. Lá no fundo da chatice. Chega a ser uma decepção ver os caras indo pra TV tentar a chance, e levam um repertório de piadas que o Costinha teria vergonha de contar, de tão antigo. Aliás, ê saudade dos bons tempos de Lírio Mário da Costa e outros grandes nomes do humor, que sabiam fazer piada até sem elas...

Vou nessa, leitor. Tenho alguns vídeos do Costinha, vou recordar esse mestre, e ver se esqueço a decepção que me causa esse "Quem Chega Lá", recheado de piadas velhas e de um Faustão inconveniente a beça.

5 comentários:

  1. O das dancinhas foi meu aluno na oficina de stand-up em 2008, o nome dele é Bruno Berg. Também sou um dos fundadores do grupo "Queijo, Comédia e Cachaça" (que ele representou lá) e até fiz um texto sobre o "Quem Chega Lá"...
    É, pelo menos o humor mineiro está ganhando espaço na mídia Global, o que é interessante. Aqui tem muita gente boa de serviço, que não fica devendo em nada aos ícones consagrados do eixo Rio-SP. Vamo que vamo!

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  2. Acho que pior que os que se apresentam no quadro...
    são as pessoas que se sentem obrigadas a assistir!
    FIKADIK

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  3. Ranieri,
    Pois é... o problema do moço foi tentar reciclar um número já feito várias vezes, e a gente sabe que piada funciona bem na boca de quem cria, né? Mas você tá coberto de razão, o humor mineiro (em boa parcela) não deve nada ao resto do país.

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  4. Anônimo das 05:08...

    Não me sinto obrigado a nada, mas não costumo falar do que não conheço, por isso assisto pra depois comentar com embasamento e poder expressar minha opinião. A TV lá em casa é minha, tá paga, uso como quiser. Evidentemente eu poderia ter trocado de canal, mas sou um entusiasta do humor, e logicamente eu prefiro dar audiência ao humor do que a outras bossas. Acreditando que você entendeu o que eu quis dizer, fica a dica (sem miguxês, evidentemente, isso depõe contra o autor).

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  5. de quê que adianta inventar piada se não faz outras pessoas rirem, pra mim engraçado é quem me faz rir, o humorista não tem obrigacão de ter um repertório próprio. A graça está na piada, mas saber contá-la é fundamental, joão besouro foi o único que me fez rir!

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