03 novembro 2009

Não foi um episódio único na Uniban



Olá amigos do Pimentas no Reino!

Não foi a primeira vez.

Episódios de agressividade e violência são comuns com alunos da Uniban.

Na noite de 2 de abril de 2009, outro episódio parecido também ocorreu. O vídeo não mostra, mas a moça levou pancadas, e o seu corpo ficou com hematomas.

O vídeo postado no Youtube não mostra, mas a estudante A.S.N. levou socos e pontapés de seus colegas da Uniban (Universidade Bandeirantes), campus de São Bernardo do Campo. Ela teve um corte no supercílio, hematomas pelo corpo e duas costelas luxadas. Também foi chamada de vadia, entre outras coisas.




A fúria da turba, com o carro sendo esmurrado e chutado, foi deflagrada porque a moça teria atropelado uma colega, quando deu marcha ré em seu Uno branco, para sair de uma manifestação contra mudanças no sistema de provas e aulas. Porém ao que parece seus colegas não permitiam que o carro partisse, ficando todos ao redor.

De fato, o vídeo mostra uma moça sendo socorrida. Mas a estudante declarou ao jornal O Estado de S.Paulo, edição de domingo, (dia 1/11), que não atropelou ninguém.

-“Tanto que a investigação policial está rolando e essa suposta atropelada nunca apareceu.” É possível que uma moça tenha fingido ter sido atropelada."

No episódio da noite de 22 de outubro, outra estudante, Geise Arruda,no mesmo campus, foi perseguida e chamada de ‘puta’ porque vestia uma um vestido vermelho, tipo mini saia.

A associação entre os episódios esboça um perfil dos estudantes da Uniban de São Bernardo do Campo (ou de uma significativa parte deles), no qual se sobressaem a violência e discriminação, o que deveria ser incompatível em um ambiente universitário, de fluxo e de diversidade de cultura e conhecimento.

Ao falar ao Fantástico no dia 1 de novembro, Ellis Wayne Brown , vice-reitor da Uniban, condenou o comportamento dos estudantes do dia 22 de outubro, mas disse que nem sequer se cogita a expulsão dos líderes do tumulto.




Antecipando-se ao relatório final de uma comissão de sindicância que a universidade informou ter aberto, o vice-reitor afirmou que “o incidente foi extremamente localizado”.

- “No momento, não estou enxergando esse nível ou essa proporção [para expulsão de alunos]”

Sobre o caso de outra estudante que foi agredida em abril (video acima) por alunos quando, com o seu carro, tentava abrir caminho em uma manifestação contra uma mudança no sistema de provas, o vice-reitor mais uma vez, sinaliza que também não vai haver punição.

Ele culpou os barzinhos que se estabeleceram nas imediações da universidade.

-“Há uma movimentação muito intensa [nos barzinhos], e a maior parte não é ação dos alunos.”

Não eram alunos que cometiam a selvageria, segundo Brown.

No vídeo dessa agressão, já publicado em outro post aqui no Pimentas no Reino, é possível identificar vários jovens. Seria fácil então, saber se são ou não estudantes, mas ninguém foi punido

A jovem do Uno, agredida saiu do curso de educação física, abalada, até hoje não retomou os estudos em outra faculdade.

Geise, a do vestido vermelho. ainda não foi ouvida pela comissão de sindicância. Até ontem, ela continuava decidida a continuar no curso de turismo da Uniban e mantinha a expectativa de que a universidade puna os agressores.

Ela não tinha descartado a possibilidade de recorrer à Justiça para que seja indenizada por danos morais.

Se eu fosse contratar alguém para trabalhar na minha empresa, jamais empregaria alunos como esses.

Empregadores, é bom ficar na lembrança o nome da faculdade.

8 comentários:

  1. O Ellis Wayne Brown vai responder em liberdade?
    Depois de responder vai continuar mamando dinheiro público como todas as demais privadas?
    O governo do estado e do município vão continuar permitindo que ele exponha alunos a violência?

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  2. Uma simples passada rápida de vistas sobre o assunto já aciona qualquer desconfiômetro mais apurado. A moça não parece ser exatamente uma candidata à canonização, ao mesmo tempo que fica óbvio um padrão de caça a bruxas, já que outra garota foi hostilizada e agredida por motivo banal. Quem seriam classificáveis como 'bruxas', no caso? De onde partiria o comando de ataque e com que objetivos? O que mais há por trás disso tudo? Seriam comportamentos orientados por crenças (morais, filosóficas, políticas, sociológicas, relgiosas)? Haveria um núcleo orientador nessa turba agressora que parece encontrar indesejáveis e destoantes dos seus critérios com notável rapidez? Alguma coisa estranha temos aqui. Mas nada que uma investigação imparcial e competentemente conduzida não traga à tona, porque é a coisa mais fácil desvendar esse angu, desde que se esteja determinado. Uma interrogadazinha aqui, outra ali e pronto.
    Essa rapaziada da faculdade corre um risco muito grande de ser rotulada junto com o núcleo da baderna, que certamente há. Amanhã ou depois isso pode pesar na hora de um recrutamento. A faculdade tem a obrigação de se posicionar pela lei e pelo direito. Por uma questão de sobrevivência. Mas é preciso ter em mente que certos filmes de faroeste, às vezes, só têm bandidos. De ambos os lados.

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  3. "Mamando em dinheiro público"!!! Dona Silvia, com certeza você não tem idéia do que fala. O prof. Ellis Brown é meu pai. Não deveria estar preso não, pois é funcionário e esta trabalhando. E o dinheiro que possui é por trabalhar cerca de 16 horas diárias ou mais. Alias, quem sabe se você passasse mais tempo trabalhando, não perdesse o seu tempo e o nosso falando essas bobagens...

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  4. Universidade Banidora12 de nov. de 2009, 01:53:00

    Mama em dinheiro público sim, através de subsídios do governo e incentivos fiscais. Conservador que protege agressões machistas também merece punição. O tolerante com o intolerante se torna igual a ele.

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  5. Nada posso fazer quanto ao fato de Ellis Brown ser seu pai, Andrea, e também não sei como o fato de ser seu pai o eximiria do crime de discriminação por ele cometido ao pubblicar a infame ofensa à Declaração Universal dos Direitos Humanos, sem falar na Constituição Brasileira, que ele também feriu.
    Talvez você esteja trabalhando demais, isso às vezes aliena a pessoa. Procure dedicar-se ao ócio,pelo menos aos sábados. Há momentos em que o TER deve dar espaço para o SER. Só assim a razão prevalece. Dinheiro também vicia.
    Quanto a mamar em dinheiro público. Mama sim. É um bezerraõ.

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  6. Sra. Silvia Sarjeta... Creio que a sra. não entenda muito de leis, direitos e deveres...
    Concordo plenamente com os pensamentos que consideram "animais irracionais" os alunos que realizaram esta ridícula "manifestação"... Porém, também vejo como ridícula a atitude desta garota que (com todo o respeito às oficiais), não serve sequer para ser garota de programa, pois não é tudo isso que pensa ser...
    Agora, a sra. cita "O Ellis Wayne Brown vai responder em liberdade?"... pergunto, ele cometeu alguma agressão??? Ele gravou algum vídeo??? Ele hostilizou àquela garota??? Creio que as respostas, todas, são idênticas... NÃO!
    Pois bem, creio que ele, sr. Vice Reitor, foi educado (até demais, pois eu diria publicamente que a garota é uma SAFADA) ao se referir à garota e ao episódio... Agora, muito me admira a importância que vocês, sensacionalistas, estão dando ao caso... Afinal, garanto que se uma mulher decente fosse à faculdade com um vestido destes, nada iria ocorrer, porém, como se trata de uma safada, sim, safada daquelas que passam de mão em mão, todos os que já comeram e não comem mais e os que ainda não tiveram sua chance, fizeram essa "manifestação"...
    Vamos dar mais atenção ao que merece... Sra. Silvia, acaso a sra. sabe quantas crianção em sua cidade não estão matriculadas em uma escola??? Sabe quantas crianças não têm uma creche??? Sabe quantas pessoas vivem na miséria??? Pois bem, ao invés de dar extremo valor às ituações de "playboys", a sra. deveria preocupar-se mais com os que REALMENTE PRECISAM de atenção!!! Afinal, quantas vezes a sra. já foi levar 2 horas de seu dia para "apenas" conversar com idosos em um asilo??? Qtas vezes a sra. foi a um hospital de câncer, levar brinquedos, e alegria às crianças??? Espero, DO FUNDO DE MEU CORAÇÃO, que a resposta não seja "nenhuma"... porém, independente da resposta, creio que a sra. deveria reduzir o tempo gasto com sensacionalismo, e aumentar o tempo INVESTIDO em SOLIDARIEDADE... Pois bem, sra. Silvia, gostaria de lhe desejar um ótimo final de semana, e que Deus à abençoe e lhe dê mais força de vontade para lutar pelo que realmente é necessário...

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  7. Uma coisa eu sei: se a menina perseguida pelos tarados e idiotas fosse a filha do Ellis Brown, essa história não ia sair barato assim pra eles, não.

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  8. Senhor anônimo, se o senhor está defendido por alguma lan-house e imagina que sua identidade está resguardada ao manter a pose de gangster, por que deveria eu, preocupar-me com seus problemas?
    A julgar pela classe, eu diria que o senhor estuda na UNIBAN, o que para mim, não provoca sequer cócegas.
    Aconselho-o a defender com menor afinco o Ellis Wayne Brown e também o Heitor Pinto. São ambos inimigos do povo e se eu esgorrego numa casca de banana a culpa é deles.

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