23 novembro 2009

Filme é pra quem tem preguiça de ler?


Oi povo leitor do Pimentas!

Ler é bom demais. Você viaja, cria seus próprios personagens, se imagina nas histórias, fantasia finais felizes pensando “e se fosse eu”. Aí vem um roteirista cinematográfico caça-níqueis e acaba com a magia.

O exemplo mais gritante e atual é o Crepúsculo, primeiro de uma série de 5 livros (o quinto livro está pronto mas ainda não foi lançado). Sabe, eu não sou mais adolescente. Aliás, faz tempo que não sou adolescente, e a “saga da Bella” foi escrita para um público bem mais jovem que eu. Mas... Ah, eu gosto de ler! Devorei Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer. São fofos, românticos, com muita ação e muita, mas muita sensibilidade. O foco principal da narrativa são os sentidos e sensações. E aqui não me refiro ao que a gente pensa sobre o que foi escrito, mas sim o que realmente está escrito.

O filme é algo como um resumo do livro, até aí tudo normal. Mas a narrativa ficou truncada! As coisas pulam do início pro fim, sem toda a magia do meio. Sequências como a primeira aula em que Bella e Edward sentam lado a lado, a primeira quase-morte dela, o baseball na tempestade e principalmente a fuga. A fuga foi RIDÍCULA no filme, e no livro a gente devora o capítulo. O baile também ficou esquisito, coroado com um final xôxo. E todas as descrições de cheiros, cores, arrepios de frio e de calor? E a revelação da clareira, mais sem graça que dançar com irmão!

Eu já sabia que seria assim. São raros os filmes que chegam perto dos livros que originaram seus roteiros. “O Iluminado”, “O Cemitério Maldito”, “Drácula de Bram Stocker”, “Entrevista com o vampiro” e “O curioso caso de Benjamin Button” são bons exemplos: você pode ler o livro e ver o filme, a satisfação é garantida! Aliás, em alguns momentos o Drácula do Coppola é melhor que o do Bram Stocker. A Rainha dos Condenados” é bem melhor em sua versão cinematográfica do que na escrita por Anne Rice – aliás, o livro “Entrevista com o vampiro”, ganha muitos pontos por ter sido traduzido por Clarice Lispector – fora que a trilha sonora é muito bacana (pra quem gosta de Korn e M.Manson). Ainda quero ler o Frankenstein de Mary Shelley, o filme é lindo e triste de doer! Seguindo o caminho inverso, quero assistir “As Brumas de Avalon”, a série escrita por Marion Zimmer Bradley é literalmente dos Deuses!

E você, amigo apimentado, tem mais dicas de bons filmes e bons livros?
Só pra apimentar mais: sabia que em Buenos Aires existem mais livrarias do que NO BRASIL INTEIRO?

Vou ali, as Crônicas do Rei Artur me esperam, té mais!

3 comentários:

  1. Bom, concordo plenamente com tudo que falaste, mas de modo especial achei muito desleixada a forma com quem foi criado as personagens do filme.
    Tudo bem que o orçamento foi curto, mas a forma com que a autores descreve cada personagem é tão clara, tão objetiva que erraram por desleixo mesmo.
    Imagine crepúsculo onde o Edward é o J. Law, a Bella a atriz q fez Domino, e a Alice a Dakota fanning?

    ResponderExcluir
  2. Sim, concordo com a maioria dos argumentos, embora tehna achado q o único do sthephen king tenha sido o iluminado, talvez pelo grande ator. O drácula do coppola , realmente, é algo, a gente até se apaixona por ele.Mas, isso tudo acontece pq são linguagens diferentes e transformá-las é algo muito complicado.Um filme utiliza recursos diferentes da escrita, aliás, a escrita é o mais difícil de todos, usar imagens etc para contar algo q foi escrito é uma interpretação e, como sabemos, existem muitas interpretações p/ um mesmo fato. A escrita é plurissignificativa.

    ResponderExcluir
  3. muito certa voce, detesto ver filmes baseados em livros, principalmente antes de ler o livro, cade a imaginação? fica tudo ali.. pronto.. genérico, bom é quando cada individuo imagina o personagem diferente, visualize, 1milhão de livros vendidos= 1milhão de visões, de caras diferentes, isso é indispensavel..
    belo blog, ótimo mesmo
    parabéns

    ResponderExcluir

Apimente você também

Artigos recentes