10 novembro 2009

Elas dormem com a ameça

Olá, povo do Pimentas.



Sabe, às vezes eu tenho meus momentos de comunista "à La Fidel", me revoltando com a burguesia e a classe média, etc e tal. Mas na maioria das vezes sou equilibrado no quesito política (não que nos outros quesitos não seja equilibrado...), mesmo me considerando socialista. Penso que no mudo atual ninguém pode se dizer de "esquerda" ou "direita". O mundo inteiro tá num "nem fode nem sai e cima" geral.

Mas algumas coisas às vezes me fazem parar para pensar: dizem que todos somos iguais aos olhos da lei. Será?



Ontem, quinta-feira (05/11) aconteceu mais uma audiência do caso Dado X Luana Piovani. Sim, ainda isso. Hoje, a audiência foi sobre a agressão de Dado à empregada de Luana, que reclama ter sofrido "agressão física".

Tá, minha gente. Se o Dado deu mesmo umas porradas na véia, tem que pagar por isso. Mas aí paro pra pensar: e tantas outras mulheres nesse Brasilzão de meudelzo que são espancadas diariamente em casa pelo companheiro e fica "por isso mesmo"? Por que esse rigor todo com uma, e tanta indiferença com a maioria?



A tal Lei 11.340, chamada Maria da Penha, assegura que:

Art. 2o Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.



Mais uma exemplo de Lei de papel. Conheço várias mulheres que sofreram agressão física do marido dentro da própra casa e que, ao procurar a proteção da Lei Maria da Penha, receberam apenas um documento assinado em que o marido se compromete a não encher mais a esposa de porrada. E dentro de casa, quem garante isso?

Aí me vem a dona Marcia, aquela birrenta do programa da Band, dizer que "mulher tem que ir na policia sim". Pra que? Pra piorar a situação, e sofrer mais agressões covardes de um filho da puta que se sente o tal por causa de umas biritas na cabeça?

Seria muito bom se todas as mulheres agredidas em casa recebessem essa atenção que a Luana Piovani e a empregada dela recebem.



Ou quem sabe fazer uma Fazenda só com maridos violentos. Aí sim, teremos uma fazenda de verdade, cheia de cavalos e asnos. E com o Dado, cantando sua música do Rolex aos "companheiros de casa".

Tá, parei!

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