12 outubro 2009

Yeda carregando sua "Crusius" no programa Roda Viva

Sósia de Yeda

Yeda Crusius, e que crusius ela anda carregando, esteve no programa Roda Viva, dia 5/10, pela TV Cultura, teve uma participação nada boa.

Os repórteres também não ajudaram muito, pois não tiveram a perspicácia de sempre, não questionando dos termos usados pela governadora - ou pelo menos não um questionamento veemente. Por exemplo: logo no início, foi citada uma pesquisa recentemente publicada na Zero Hora que apresenta o dado “62% dos pesquisados são a favor do impeachment”. Quando a governadora insiste que “ser a favor do encaminhamento do processo de impeachment” não é a mesma coisa que “ser a favor do impeachment”, não há ninguém que ouse dizer o óbvio, que essas considerações tão gramaticóides, de maneira geral, não passam pela cabeça de quem responde à pergunta.

Ela aproveitou o tempo no programa, que teve a participação do editor de Nacional do Estado, Cláudio Augusto, para atacar a ação do Ministério Público Federal, que tachou de "midiática". Confrontada com a série de denúncias levantadas pelos jornalistas e internautas, Yeda chegou a usar um tom mais belicoso contra a bancada.

"Eu trouxe para o RS uma polarização que é nacional: do PSDB e do PT", disse ela. Por fim, a tucana não admitiu a hipótese de recuar da candidatura à reeleição. "Sou pré-candidata. As ruas estão me dizendo que vou largar na frente." (onde ela viu isso???)

“Vocês são muito fofoqueiros!” diz ela diante de uma pergunta enviada por um espectador. Caracteriza a Operação Rodin como “ato midiático”, se diz vitimizada pelo “mercado de escândalo”, diz que vive na era do Big Brother. Em mais de um ponto é possível perceber expressões perplexas da parte dos entrevistadores- chega um ponto, aliás, em que o chargista convidado Caruso chama a atenção do público para a expressão da repórter Laila Dawa em reação a um comentário emitido pela governadora. Mas apesar dessas dificuldades, fica claro também um despreparo- ou desinteresse- dos entrevistadores em verdadeiramente conduzir o debate. O potencial desta edição do Roda Viva foi, em grande parte, desperdiçado.

Yeda minimiza a pesquisa


Yeda minimizou, para não dizer ridicularizou, a pesquisa realizada pelo Ibope encomendada pelo Grupo RBS, afiliada da Rede Globo no RS, que aponta desaprovação de 74% ao desempenho do seu governo. A tucana afirmou que não está interessada em resultados porcentuais, mas nos motivos que expliquem tamanha desaprovação. "Eu não nego a pesquisa, mas apenas levarei em conta um levantamento que aponte a razão da falta de aprovação".

Yeda atribuiu a alta desaprovação à "radicalização política existente no Rio Grande do Sul", como se ela não soubesse disso quando veio de SP concorrer ao governo. "Os sindicatos (principalmente o CPERS/Sindicato) fazem uma oposição ferrenha desde o início do meu governo. Construíram uma imagem enganosa a meu respeito. Mas nada me assusta", frisou a tucana. A pesquisa elaborada pelo Ibope mostra que a maioria dos gaúchos desaprova o desempenho da governadora e é favorável ao seu afastamento do cargo.

Durante a entrevista, Yeda negou ferrenhamente sua participação na fraude do Detran/RS descoberta pela Operação RODIN, que investigou o desvio de R$ 44 milhões entre 2003 e 2007. O nome da governadora é citado em depoimentos o que levou ao pedido de abretura de CPI e de impeachment.

A pesquisa demonstrou que 43% da população avalia o governo estadual como péssimo, 21% como ruim, 24% como regular, 9% como bom e 2% como ótimo. Esta pesquisa revelou também, que uma maioria de 84% diz ter conhecimento do processo de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa. O índice de consultados favoráveis ao afastamento da Yeda é de 62%, enquanto o dos contrários é de 22% e o de indiferentes chega a 8%. Para 29% dos entrevistados, as denúncias de envolvimento da governadora com a fraude do Detran são verdadeiras, enquanto para 39% são mais verdadeiras do que falsas, para 12% são mais falsas que verdadeiras e para 3% são falsas.

Durante a entrevista a governadora foi questionada sobre a mudança tão frequente de seus Secretários, tanto de primeiro quanto de segundo escalão, obtendo como resposta que não foram efetuadas grandes mudanças de nomes, apenas nos casos da Operação Rodin, que envolveu muitos nomes, e no caso de Cézar Busatto, onde o vice, Paulo Feijó, revelou gravações do Chefe da Casa Civil dizendo que é natural existir fraude no Detran e no Banrisul e que isso servia para irrigar as campanhas eleitorais e que é assim mesmo. Porém, o que vimos, de fato, foi uma série de modificações que a governadora diz ser apenas rearranjos de posições, como se isso não fosse fazer mudanças, mudar uma pessoa que está no Meio‑ambiente para a Casa Civil não é uma grande mudança??

Pois é, o Rio Grande do Sul está pasando por uma grande crise e a Governadora não consegue tirar seus olhos do próprio umbigo e ver a realidade que está a sua volta com greves de funcionários públicos, secretários acusados pela justiça, o vice-governador jogando contra e outras coisas mais que só correm nos bastidores…

A política, como um todo, vai de mal a pior, mas ainda tenho esperanças de que as coisas comecem a mudar nas próximas eleições e para isso estarei de olho, e tu vai fazer o que?

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