Publicidades impublicáveis

Oi povo do Pimentas!

A publicidade brasileira tem a fama de ser das melhores do mundo. Essa notoriedade empolga o povo, criativo que só, e acaba que todo mundo se acha um pouco publicitário, designer, jornalista e médico. As agências de publicidade pululam em todas as regiões e, o pior, empresários caem no golpe.

Convenhamos: algumas campanhas publicitárias devem ser golpe. Ou a equipe contratada é tão incompetente quanto quem aprova seu trabalho. A propaganda mais bizarra que já vi é do Peptosil, remédio pra diarreia, com a seguinte frase de impacto: “Peptosil, parece que tira com a mão!”. Q-U-E N-O-J-O!

O Nictin também pegou pesado. Auxiliar no tratamento antitabagismo, existe uma contraindicação: “este produto não deve ser utilizado por pacientes cardíacos”. Porra, se o cara é cardíaco e fuma, ele vai caçar remédio pra tabagismo?

O mais irritante da “nova leva” é de um produto para vasos sanitários. O comercial é tão incomodativo que não consigo lembrar a marca da porcaria do adesivo que deve ser fixado na parte interna do vaso. Sabe por que me irrita? O babaca tá mijando e berra “querida, tem que trocar o refil”. Troca você, inútil!

Felizmente existem os gênios da publicidade, os mestres, as sumidades. Eles nos brindam com pérolas, peças inesquecíveis. Quem não se contagiou pela magia do primeiro sutiã? União perfeita de música, imagem, edição e atuação. Tá, a Patrícia anda meio sequelada, mas e daí? A Havaianas mantém um excelente nível, sempre engraçada e bem produzida. Que mulher não suspirou pelo Tony Garrido e disse “tô só olhando”?

As boas campanhas também deixam saudades. Até hoje eu canto a musiquinha do DDD. Lembra dos gordinhos? Coisa mais fofa! Depois entrou o magricelo matusquela que simbolizada o I, do DDI. “DDD um abraço na sua prima, além de ser barato ainda rima”! Os mamíferos da Parmalat também marcaram época: “o búfalo falou que é bom, o gorila falou que faz bem, o tigre de bengala diz que não fica sem, o elefante, o porco-espinho e a zebra adoram também”. Uma que eu adoro é regional: campanha da RBS contra a violência infantil: “maltratar as criancinhas é coisa que não se faz. Mesmo sendo o diabo, disso nem eu sou capaz. Malvadeza com criança? Não! Não! Isso só pode ser coisa do tal do bicho-papão!”




Mas... Antológica mesmo é essa aqui, que dispensa comentários:



Vou ali e volto, té mais!