20 outubro 2009

MST: assim não dá!



Olá amigos do Pimentas no Reino!

Olha ai que desculpa esfarrapada.

Todos vimos na semana passada pela televisão, esse Movimento dos Sem Terra, MST, com tratores destruindo muitos pés de laranja de uma fazenda, no interior de São Paulo. Foram 7.000 pés no total.

Um absurdo.



Primeiro, fica caracterizado invasão à propriedade privada, já fizeram isso várias vezes e poucas medidas contra foram tomadas. Invadiram diversas propriedades, e o pior, destroem tudo o que encontram pela frente, de norte a sul do país.

Na Folha de São Paulo, (12.10), o eterno dirigente do MST, João Pedro Stedile, minimizou a derrubada dos pés de laranja da Cutrale, pois, para ele, “a produção seria destinada à exportação, e não para a mesa dos brasileiros”.

Economista que é, Stédile sabe que a destruição dos laranjais são divisas que entram no País e ajudam a financiar o Pronaf e o Bolsa Família.



Mais ainda, conforme foi anunciado no Portal Terra, nos dias 13 e 14 deste mês, após a destruição dos pés de laranja, foi feita pesquisa pelo Ibope, a pedido da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),nos dias 12 a 18 de setembro, em mil casas de 9 estados.

A pesquisa aponta que 37% das famílias que vivem em assentamentos rurais no País não produzem nada em suas propriedades.



Das famílias que produzem, 10,7% não conseguem ter uma produção satisfatória para alimentação. Mostrou também que a maioria dos assentados (37%) tem renda familiar de um salário mínimo, 35%, entre um e dois salários mínimos, e 26% de mais de dois salários mínimos. Chega-se a conclusão que 37% dos assentados têm renda individual de um quarto do salário mínimo.

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidenta da CNA, considera que o fato mais importante apontado é o de que, 40% dos assentados vivem em situação de extrema pobreza. De que 75% não tem acesso ao Programa de Crédito Rural, e entre os motivos está a falta de documentação da propriedade, falta de comprovação da produção, como garantia de financiamento e inadimplência.



Rolf Hackbart, presidente do INCRA, contesta esses resultados, diz que o interesse da CNA é dizer que a reforma agrária não é mais necessária. Contesta também a amostragem, dizendo que é muito pequena para se tirar conclusões apresentadas. Segundo ele a reforma é um caminho para desenvolvimento do país de forma sustentável.

Sustentabilidade na destruição de laranjal, não dá pra crer.

O presidente do Incra fala também, que é totalmente equivocado pegar os dados de produção para questionar a reforma agrária, porque estamos falando de um universo de pessoas excluídas.



Rebate principalmente a conclusão da pesquisa de que 72,3% dos assentamentos avaliados não geram renda com a produção, dos quais 37% não produzem nada, porque segundo ele, também é função da reforma agrária promover cidadania e dar moradia à população excluída.

Analisando todos os fatos do presente e do passado vamos chegando à conclusão cada vez mais, de que não se trata na realidade de reforma agrária, justa e devida, mas de um movimento político partidário, em que se não fosse o dinheiro público repassado via ONGs, o movimento já estaria na clandestinidade, como as Farcs...

Fui, vou chupar laranja, só de raiva...

2 comentários:

  1. Olá Ilse, vou apimentar e reafirmar minhas convicções em relação ao MST que podem ser vistas nos meus blogs: para evitar uma catarse maior, só a prisão e dissolução deste movimento. A reforma agrária pode muito bem acontecer sem ele. Boa matéria, abraços.

    ResponderExcluir
  2. Ilse, parabéns novamente!!
    Texto muito bom e bastante esclarecedor.
    CLAP CLAP CLAP!!!!!!!!!

    ResponderExcluir

Apimente você também

Artigos recentes