04 outubro 2009

Homens... quem os entende?



Oi povo do Pimentas no Reino!

Esta é uma campanha do Governo Federal, está no ar há alguns dias. Achei linda, sensível, pertinente, tocante. Analisando minha família, constato que não há o que discutir: os homens vivem menos.

Esse tal “não ir ao médico” é cultural. Homem é (ou eram, espero eu) criado pra ser o provedor, o forte, o inabalável. Não se dá o direito de ficar doente. Meu pai era assim, a mãe vivia pedindo pra ele ir no médico pra ver um tal dum pigarro que há anos vinha irritando a todos. Ele não foi. Aos 54 anos descobriu um câncer no pulmão e morreu 5 meses depois. Se ele tivesse ouvido a gente, tava aí até hoje, né? Birra, síndrome do machão imbatível?

Não falo isso em tom de crítica, entendo e respeito tudo que faz parte de um contexto histórico.
Mas os tempos mudaram, hoje é permitido ao homem chorar, ficar em casa cuidando dos filhos enquanto a companheira trabalha, usar camisa rosa e até maquiagem – muito de leve, por favor. A sociedade ainda não aceita bem isso, não vê com bons olhos essa aparente “submissão”. Felizmente as pessoas se preocupam cada vez menos com o que a tal sociedade pensa – ou pelo menos deveria.

O país quase perdeu um de seus maiores atletas, Nenê Hilário – jogador de basquete da NBA – por conta de um câncer de testículo. Você, homem, sabia que deve fazer autoexame de toque nos testículos? Pois é, aproveite seu momento de onanismo egoista e dê uma atenção às crianças que ficam ali perto do magrão. Não seja bobo, não corra o risco de morrer ou perder a capacidade reprodutiva por puro preconceito. Tanta intimidade com bolas de futebol, vôlei, basquete, tênis, que tal se acostumar com as próprias? O saco é teu, apalpa!


O famigerado toque retal é outro problema sério. Pros homens. Mulher vai no gineco, se arreganha toda e ainda fica batendo papo com o médico. Sai de lá, passa um gloss e, como uma deusa, vai pra vida. Já homem quando vai no proctologista fica uma semana em depressão. Aliás, duas: uma antes do exame, outra depois. Medo de gostar e saudade do médico? F-r-e-s-c-u-r-a.

Mas não é só por “ter medo de médico” que perdemos nossos amados seres humanos do sexo masculino. Já repararam o tanto de homem que morre por bobagem? E não são bobagens como frescura com proctologistas, mas sim bobagens sérias. (existe isso, Ana?)
Bobagem séria é uma coisa que poderia ser facilmente evitada mas que, por ter ocorrido, traz sérias consequências. Tipo dirigir bêbado. Eu sei que mulher também faz isso, mas estatísticas mostram que elas têm muitos professores.

A bebida tem aqueles efeitos que todos conhecem: deixa o cara bonito, rico, forte e bom motorista, e o resultado é conhecido: bate o carro no ponto de ônibus e mata um tanto de trabalhadores. E morre. Lá se vão uns 12 homens a menos.

Outra grande marca nas estatísticas da mortalidade masculina é a bala. Buteco+briga=bala. Namorada gostosa+gavião=bala. Camisa de time+camisa de time adversário=bala. Diz minha sábia priminha Olívia: esse povo só fala de bala de matar? Quero bala de chupar! Mulher, quando se sente diminuida ou deixada de lado, vai ali e compra uma bolsa, pinta o cabelo e as unhas. Pronto! Bom, sem mais delongas: os homens são todos iguais? Sim, da mesma forma que as mulheres. Se eles não cuidam da saúde, a gente cuida pra eles. Desde os primórdios até hoje em dia, tal e coisa, coisa e tal. Mas, homens, por gentileza, cuidem-se, vocês são muuuuuito importantes pra nós!

(amor, obrigada por se cuidar por nós!)

Vou ali marcar uma consulta, té mais!

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