"Alienação parental", que diabos é isto?

Adoramos falar mal de nossos políticos. Não sem razão. Eles nos dão muitas razões para isso. A despeito disso, temos um sistema legislativo dos mais avançados do mundo. Nossa legislação sobre direito do consumo é exemplo no universo jurídico. Nosso Código Civil é muito moderno. Nossa Constituição Federal, apesar de criticada por ser extensa e detalhista, é modelo para muitas no mundo, em especial no que tange a Garantias Fundamentais da cidadania.

Pois bem...nossos legisladores, aqueles homens em quem votamos e não nos lembramos no dia seguinte, conseguem se superar em sua incoerência. Vejam esse caso: o mesmo deputado (Dr. Régis de Oliveira, ex-vice do Celso Pitta aqui em SP) que é ativamente a favor da volta dos bingos, apresentou recentemente um projeto de extrema felicidade, que trata da Síndrome da Alienação Parental.

Em resumo, trata-se daquelas situações, comuns em casais separados, onde um dos cônjuges (geralmente a mãe, mas não apenas) cria no filho um sentimento de ódio ao outro. É a transferência de todos os ressentimentos de um casamento mal sucedido a uma criança. Essa conduta até hoje não tinha uma legislação específica que a coibisse. Recentemente foi aprovada no Congresso uma lei que versa sobre esse assunto.

O departamento de marketing do Congresso Nacional é incompetente. O que acontece de positivo por lá quase ninguém fica sabendo. Dos "mal-feitos" há ampla divulgação...se bem que, na verdade, deve ser questão de escala de produção ( e nessa, o lado ruim supera o bom, de longe...)...