08 setembro 2009

Vanusa quer outro Hino Nacional?


Leitor amigo, tudo tranquilo?

Tudo na linha?

Não!

Não está tudo na linha. Ou melhor, tá tudo torto na linha! Vamos dar uma olhadinha no Programa do Gugu do último domingo, reportado pelo Zé, e seu olhão verde colado na tela.

Visita ilustre no palco: Vanusa, a "detonadora de hinos". Enquanto Gugu era vencido no Ibope por Silvio Santos e - acredite - pegadinhas pra lá de reprisadas, Vanusa tava lá batendo um plá com o apresentador. Plá interrompido pelo presidente Lula Molusco, fazendo propaganda do pré-sal, aliás (mas não estou a fim de falar nada sobre o sapo barbudo, faço isso outra hora). Volta o plá inicial, e Vanusa reclamando que o hino nacional brasileiro é muito grande. Ora, dona Vanusa, veja bem! Temos crianças de seis anos e até menos, cantando o hino nacional sem grandes dificuldades, num monte de escolas pelo país afora. Já rondando a quarta idade, me vem a Vanusa falar uma bobagem dessas? Tá parecendo a reforma ortográfica, onde dá-se um jeito de facilitar que é pra não ter que aprender, né não?


Bom, dois depoimentos a favor da cantora foram apresentados. Um, do Leão Lobo, um sujeito mal resolvido e mal amado, que é notório vociferador de asneiras, um cara que não deve ser levado a sério nem pelos cones do estacionamento. Ratificando o dito popular de que "conversa de puta ninguém escuta", Leão Lobo falou e não fez a menor diferença.



Outro depoimento: Wanderléa. Agora sim, é alguém que entende do riscado. Afinal, a cantora Wanderléa, não faz tanto tempo assim, esteve no extinto Xou da Xuxa, teve uma pane mental e esqueceu tudo da letra de uma música, entrando em desespero e pedindo a molecada pra cantar pra ela. Coisa mais deprimente... ou seja: diz-me quem te defende...

Vanusa também teria reafirmado a versão de que estava cheia de remédios até a tampa. Teria brigado com o filho, tomou uns florais a mais pra acalmar os nervos e zangou tudo. Ora, a mistureba de medicamentos e bagulhinhos da mais variada ordem deve ter causado um verdadeiro rendez-vouz na cabeça da dona Vanusa, que entrou em pindarecos e espinafrou todo o hino nacional como só mesmo um funkeiro carioca conseguiria avacalhar.

O fato é que Vanusa cobrou respeito aos artistas que cometem falhas. E é aí que faltou calmante pro Ponte. Peraí, dona Vanusa! Eu é que quero saber. Não vou entrar no mérito do respeito ao hino nacional, já que o Congresso se encarrega de envergonhar a nação. Agora, esse negócio de cobrar respeito... e cadê o respeito ao público, dona Vanusa? Cadê o respeito ao fã, que veste camiseta, que compra disco, que vai ao show? Cadê o respeito do artista pelas pessoas que lhe constroem as carreiras? Cadê o seu respeito por quem lhe ouve e admira, Vanusa?

Quer saber de uma coisa? A Vanusa precisava mesmo duns calmantes. Talvez, uns dois a mais e ela não tivesse errado o hino todo, e talvez não tivesse ido ao Gugu falar besteira. Pois até onde eu sei, o grande público merece respeito, e sempre vai merecer. O público, o fã... eles sempre vão merecer mais do que uma cantora que diz que estava com óculos emprestados, mas que poderia respeitar um pouco mais a inteligência de seus fãs, dentre os quais eu jamais me incluí.

Um comentário:

  1. Concordo com tudo. E reforço: cadê o respeito com o próprio Hino, caramba? Não soube cantar, não ofende a população brasileira com aquela violência de "versão" não, pô! Ela tinha que ter calado a boca, pedido desculpas e saído! Pronto! "ÊÊÊÊ..." todo mundo ia aplaudir, ficar feliz - ou com dó - e dar outra chance pra ela voltar, menos chapada, e cantar só a primeira estrofe... (porque o resto "é grande demais").

    E todo comediante stand-up tinha que fazer um texto em "homenagem" a essa intérprete sem-noção.

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