18 setembro 2009

ABSURDO: Na Argentina, a Censura poderá ser legalizada!



Amigos leitores do Pimentas no Reino,

O ex-presidente da Argentina Néstor e a atual Cristina Kirchner, sempre demonstraram que nunca foram muito fãs da imprensa. Ainda mais dos meios de comunicação que se opuseram a todo seu projeto de "poder". Mas, esta disputa alcançou seu cume nas últimas semanas, após o anúncio de uma iniciativa polêmica da Casa Rosada: a criação de um "Observatório dos Meios de Comunicação", ou seja, CENSURA, comandado pelo Estado, em parceria com a Universidade Nacional de Buenos Aires. O novo "organismo" foi batizado pela imprensa local de "guarita midiática" e já recebeu diversas críticas de instituições internacionais, entre elas a grande Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

Cristina Kirchner alega que os meios de comunicação de seu país cometem atos de discriminação e não oferecem uma visão imparcial da realidade. Em discurso recente, a presidente explicou o objetivo do observatório:

- Garantir o direito e a liberdade de que todas as vozes, plurais e democráticas, possam ter acesso aos meios de comunicação.

Durante as três semanas de greve dos produtores rurais argentinos a guerra entre o casal Kirchner e o Grupo Clarín tornou-se pública. Mas as declarações de Cristina não convenceram os representantes da imprensa local, que acompanham com forte preocupação a obsessão do governo por controlar a mídia, e também, o crescimento de um conflito cada vez mais delicado entre a Casa Rosada e o Grupo Clarín, um dos mais poderosos do país. Durante as três semanas de greve dos produtores rurais argentinos, que terminou na primeira semana de abril, a guerra entre o casal Kirchner e o grupo tornou-se pública. Em ato na Praça de Maio, convocado para defender o governo de Cristina na queda-de-braço com os pecuaristas, a presidente criticou uma caricatura publicada pelo jornal "Clarín" (obra do premiado Hermenegildo Sabat), na qual ela aparece com dois esparadrapos na boca. Para Cristina, foi uma mensagem "quase mafiosa".

Poucos dias depois, representantes da Juventude Peronista - que, segundo versões extra-oficiais, seriam soldados de Máximo Kirchner, filho do casal K - participaram de eventos organizados pela Casa Rosada segurando cartazes que diziam, por exemplo, "Todo Negativo", em referência ao canal de TV "Todo Notícias", do grupo Clarín. Para completar, o líder piqueteiro Luis D'Elia, forte aliado de Kirchner, ousou participar de um programa do TN e, ao vivo, defendeu o fim "da ditadura do Clarín".

Os movimentos de CENSURA estão aumentando cada vez mais nas Américas...

é mole?

Já fui!

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