14 julho 2009

Toma Lá, Dá Cá: humor de qualidade na TV?

Quando eu falo sobre sitcoms que eu gosto, sempre tem alguém que faz cara de “que isso?”. Sitcom, conforme nos conta a Wikipédia, é um estrangeirismo, sendo a abreviatura da expressão em inglês situation comedy ou situação cômica em português. Por vezes, utiliza-se uma versão aportuguesada para o mesmo termo: comédia de situação. Um bom exemplo de sitcom é o seriado Friends.

Sitcoms normalmente consistem numa série de televisão com personagens comuns onde existem uma ou mais histórias de humor encenadas em ambientes comuns como família, grupo de amigos, local de trabalho. Em geral são gravados em frente de uma plateia ao vivo e caracterizados pelos "sacos de risadas", embora isso não seja uma regra.

Pronto, apresentei o produto. Agora, vamos especificar do que eu estou falando: Toma Lá, Dá Cá (Globo, Terças, logo depois do Casseta e Planeta). Até pela presença no elenco de Marisa Orth e Miguel Falabella (que também assina a redação e outras bossas), o seriado já nasceu com cara de amparo pras viúvas do extinto Sai de Baixo, que depois de uma primeira temporada brilhante e uma segunda nem tanto, ainda insistiu noutras que nem vale a pena citar. Mas, em sua terceira temporada, o TLDC mostra que tem sua identidade e valor próprios.

O elenco está cheio de gente que eu nunca tinha visto na vida, e que vem dando conta do recado. A impagável Arlete Salles não está surpreendendo com a ótima atuação simplesmente porque ótimas atuações dela é algo esperado e freqüente. A própria Marisa Orth, livre da Magda que de tão burra acabava não conseguindo participar dos enredos, vive com maestria uma figura neurótica e divertidíssima. Não vou me estender em comentários individuais acerca do elenco, estão todos muito bem. Os redatores tem conseguido manter uma média de boas histórias, a produção é esmerada. Este programa deu liga, não resta a menor dúvida.

Eu, particularmente, acho que o programa perdeu muito com a saída do ícone do teatro brasileiro, Ítalo Rossi, que na segunda temporada deu vida ao inexplicável Ladir (eu ainda espero que o personagem volte a trama). Noutro extremo, vai levar menção honrosa por trazer de volta a TV a atriz Norma Benguell, um dos nomes mais importantes e relevantes do cinema nacional, que hoje dá vida a Deise, uma figura de grandes possibilidades. Mesmo com as mudanças, TLDC manteve-se como uma ilha de bom humor e diversão garantida nas noites da TV aberta brasileira, e esperamos que assim permaneça. Aliás, a tendência é essa, pois se fosse um programa do SBT já teria mudado de horário milhares de vezes, e não estaria no ar, com certeza. Vida longa ao humor de qualidade na TV! Este, Pimentas no Reino recomenda!

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